terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Para todos um Feliz 2009

O ano de 2008 não parece deixar saudades a ninguém e, como aquelas visitas que às vezes recebemos e das quais temos dificuldades em nos livrar, este ano vai fazer-se difícil até ao fim. Para acertar os relógios com a rotação da Terra o ano de 2008 vai dar as últimas...e mais um bocadinho. E, às doze badaladas, gritaremos todos: “três, dois, um, um, zero...Feliz Ano Novo!!!”.
Para todos os que visitam esta casa na Sibéria deixo-vos os meus votos para 2009 nas palavras de Victor Hugo.


Desejo primeiro que ames,
E que amando, também sejas amado.
E que se não fores, sejas breve em esquecer.
E que esquecendo, não guardes mágoa.
Desejo, pois, que não sejas assim,
Mas se fores, saibas ser sem desesperar.
Desejo também que tenhas amigos,
Que mesmo maus e inconsequentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Possas confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que tenhas inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exacta para que, algumas vezes,
Te interpeles a respeito
Das tuas próprias certezas.
E que, entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que não te sintas demasiado seguro.
Desejo depois que sejas útil,mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para te manteres de pé.
Desejo ainda que sejas tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Sirvas de exemplo aos outros.
Desejo que, sendo jovem,
Não amadureças depressa demais,
E que sendo maduro, não insistas em rejuvenescer
E que sendo velho, não te dediques ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo também que sejas triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubras
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que descubras,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes e que estão à tua volta.
Desejo ainda que afagues um gato,
Alimentes um cuco e ouças o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, te sentirás bem por nada.
Desejo também que plantes uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhes o seu crescimento,
Para que saibas de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que tenhas dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloques um pouco dele
Na tua frente e digas «Isso é meu!»,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum dos teus afectos morra,
Por ele e por ti,
Mas que se morrer, possas chorar
Sem te lamentares e sofrer sem te culpares.
Desejo por fim que, sendo homem,
Tenhas uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenhas um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a desejar-te.

Vitor Hugo (Poeta e escritor francês, 1802-1885)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Thank you for being a friend

No palácio do meu amigo docas hoje é dia de festa. Se eu soubesse cantar era mais ou menos isto que eu gostaria de lhe trautear:


quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Rufus Wainwright

Oh What a World (live)




Going to a Town (live)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Não é frango, é perú

Em relação ao segundo golo sofrido ontem frente ao Vitória de Setúbal, o guarda-redes do Benfica, Quim, fez o seguinte comentário: “glu, glu, glu, glu”.

Regresso ao passado


Há uns tempos atrás foi aquele episódio da visita da PSP ao Sindicato de Professores da Região Centro, na Covilhã. Há menos tempo vieram os militares, na pessoa do general Loureiro dos Santos, recordar-nos que a sua insatisfação pode levar a “actos de desespero capazes de gerar consequências de gravidade, que julgaríamos completamente impossíveis de voltar a acontecer. Depois, nacionalizou-se um banco, o BPN, e agora veio a agência Lusa pôr o laço em cima do embrulho proibindo a utilização da palavra “estagnação” nas notícias sobre a situação económica do país.
Portugal tem painel de comandos e um espertalhão qualquer deu com ele, carregou no “rewind” e não tira de lá o dedo.