terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Para todos um Feliz 2009

O ano de 2008 não parece deixar saudades a ninguém e, como aquelas visitas que às vezes recebemos e das quais temos dificuldades em nos livrar, este ano vai fazer-se difícil até ao fim. Para acertar os relógios com a rotação da Terra o ano de 2008 vai dar as últimas...e mais um bocadinho. E, às doze badaladas, gritaremos todos: “três, dois, um, um, zero...Feliz Ano Novo!!!”.
Para todos os que visitam esta casa na Sibéria deixo-vos os meus votos para 2009 nas palavras de Victor Hugo.


Desejo primeiro que ames,
E que amando, também sejas amado.
E que se não fores, sejas breve em esquecer.
E que esquecendo, não guardes mágoa.
Desejo, pois, que não sejas assim,
Mas se fores, saibas ser sem desesperar.
Desejo também que tenhas amigos,
Que mesmo maus e inconsequentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Possas confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que tenhas inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exacta para que, algumas vezes,
Te interpeles a respeito
Das tuas próprias certezas.
E que, entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que não te sintas demasiado seguro.
Desejo depois que sejas útil,mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para te manteres de pé.
Desejo ainda que sejas tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Sirvas de exemplo aos outros.
Desejo que, sendo jovem,
Não amadureças depressa demais,
E que sendo maduro, não insistas em rejuvenescer
E que sendo velho, não te dediques ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo também que sejas triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubras
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que descubras,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes e que estão à tua volta.
Desejo ainda que afagues um gato,
Alimentes um cuco e ouças o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, te sentirás bem por nada.
Desejo também que plantes uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhes o seu crescimento,
Para que saibas de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que tenhas dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloques um pouco dele
Na tua frente e digas «Isso é meu!»,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum dos teus afectos morra,
Por ele e por ti,
Mas que se morrer, possas chorar
Sem te lamentares e sofrer sem te culpares.
Desejo por fim que, sendo homem,
Tenhas uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenhas um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a desejar-te.

Vitor Hugo (Poeta e escritor francês, 1802-1885)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Thank you for being a friend

No palácio do meu amigo docas hoje é dia de festa. Se eu soubesse cantar era mais ou menos isto que eu gostaria de lhe trautear:


quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Rufus Wainwright

Oh What a World (live)




Going to a Town (live)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Não é frango, é perú

Em relação ao segundo golo sofrido ontem frente ao Vitória de Setúbal, o guarda-redes do Benfica, Quim, fez o seguinte comentário: “glu, glu, glu, glu”.

Regresso ao passado


Há uns tempos atrás foi aquele episódio da visita da PSP ao Sindicato de Professores da Região Centro, na Covilhã. Há menos tempo vieram os militares, na pessoa do general Loureiro dos Santos, recordar-nos que a sua insatisfação pode levar a “actos de desespero capazes de gerar consequências de gravidade, que julgaríamos completamente impossíveis de voltar a acontecer. Depois, nacionalizou-se um banco, o BPN, e agora veio a agência Lusa pôr o laço em cima do embrulho proibindo a utilização da palavra “estagnação” nas notícias sobre a situação económica do país.
Portugal tem painel de comandos e um espertalhão qualquer deu com ele, carregou no “rewind” e não tira de lá o dedo.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Tranquilidade

Diz-se que é a “saudade” que identifica Portugal. Não é. É a consciência tranquila. Maria de Lurdes Rodrigues está de consciência tranquila. Vitor Constâncio está de consciência tranquila. Bruno Paixão está de consciência tranquila. Albano Fialho está de consciência tranquila. Dias Loureiro também. Aos Manuéis ( Pinho & Sebastião) ainda não os ouvi utilizar a expressão. É porque a esses o que os define é, sim, a saudade. A saudade do tempo em que faziam o que lhes dava na gana e ninguém sabia.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

E a verdadeira ironia é...

...que o PS se indigne com a sugestão mas insista na prática.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Dedicado à minha mana mana



E quem pensa que eu e o “Animal” não temos nada em comum é porque nunca viu o meu cabelo.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Hype

Algumas paródias ao poster de Obama, da autoria de Shepard Fairey, no Guardian











E o Marreta sou eu?





Animal


"A polícia alemã está a pedir ajuda para encontrar um condutor britânico que resolveu tirar o seu dia para brincar com as autoridades.
(...)Os radares, no estado de Baviera, registaram imagens de um carro, de marca Audi, que ultrapassou por várias vezes consecutivas o limite de velocidade, sempre na mesma estrada.
(...)O carro, com matrícula britânica tinha, naturalmente, o volante do lado 'do pendura'. As câmaras, posicionadas apenas para apanhar o lugar do condutor e a matrícula do veículo, capturaram um boneco vermelho e peludo e distorceram a imagem de quem ia realmente com o pé no acelerador."


Ou seja, o polícia que analisou as imagens era este:

Mais 40 menos 40

Na última grande entrevista que deu a um jornal diário o nosso primeiro ministro disse: “Eu sou, digamos assim, da geração Kennedy”. John F. Kennedy nasceu em 1917. Sócrates em 1957.
E eu sou, digamos assim, da geração do Enrico Caruso. Somos de 73. Mais século menos século.

ASAE em Guantánamo

Obama tem 100 dias para fechar Guantánamo

Contratem a ASAE e atingem o objectivo 99 dias antes do previsto.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

World Idol

Embora este blog esteja temporariamente encerrado para trabalho forçado do pessoal, as produções “Uma casa na Sibéria” oferecem um exemplar destes aos primeiros dois dos três leitores deste blog que deixem na caixa de comentários como se diz “yes, we can” em mirandês.



Para o karaoke é só seguir este link: http://elections.nytimes.com/2008/results/president/speeches/obama-victory-speech.html#

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Resposta à pergunta feita nos comentários do post anterior


Não, agora a sério: é mesmo só cansaço, um supremíssimo cansaço...


O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,

As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,

Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?

Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...


Álvaro de Campos

terça-feira, 17 de junho de 2008

No site d' A BOLA, hoje

58' A Itália está a jogar mal e arrisca sofrer alguma surpresa.

62' GOLO de De Rossi (Itália)

Para quem não sabe o que é feito de Gabriel Alves esta desfeito o mistério: escreve n'A BOLA.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Ficção ou realidade

Ainda bem que tivemos o Euro2004 em Portugal em vez do Euro 2008. Caso contrário, atendendo às notícias de hoje, este anúncio deixaria de o ser para se transformar mesmo numa reportagem.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Pouca sensibilidade e nenhum bom senso

Um senhor, cujo nome não recordo, mas que pertence ao piquete de paralisação dos camionistas, acaba de dizer na Sic Notícias que não obrigam ninguém a parar mas que procuram "sensibilizar" os colegas nesse sentido. A ver pelas imagens que precederam esta reportagem por "sensibilizar" estes senhores entendem retirar chaves da ignição e furar depósitos de gasóleo.

1984, 2000, 2006

A França empatou com a Roménia. Melhor dizendo, a França perdeu 2 pontos. Inexplicavelmente ainda não ouvi carros a buzinar na rua.

Vou ali e já não venho


Mais do que capacidade para atrair os emigrantes e carinho para os acolher é fundamental recomendar-lhes um bom médico, psiquiatra de preferência. Só alguém declaradamente louco põe sequer a hipótese de voltar para aqui quando a maior parte dos que cá estão só pensa em sair.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

É a vida

Manuel Alegre já se chega à frente para as próximas presidenciais. Sócrates, que tudo indica será por essa altura primeiro ministro*, terá assim de decidir entre apoiar um elemento do PS que lhe faz oposição e um elemento da “oposição” que colabora com ele.


* espero estar tão certa com esta previsão como esteve o Vasco Pulido Valente quanto à nomeação de Mitt Romney pelo partido republicano.

E a América nunca mais será a mesma

S.Sarandon s’exilera si McCain l’emporte

Si jamais John McCain, le candidat républicain, remporte l’élection présidentielle américaine de novembre, Susan Sarandon aurait promis lors d’une interview avec World Entertainment News de quitter les Etats-Unis pour aller vivre en Italie ou au Canada avec son compagnon, l’acteur Tim Robbins. L’actrice, qui soutient Barack Obama, n’est pas la première star d’Hollywood à faire part de telles intentions.

Itália, pois. Até porque o Berlusconi é mesmo a « white bald version » do Barack Obama...

Sous les pavés...quoi?

Pescadores apedrejam edífício da Comissão

"(...) lançamento de petardos às "pedras da calçada" a voarem em direcção aos vidros de um edifício da comunidade e carros virados do avesso"

Ó senhores, é “sous les pavés la plage”, não é “sous les pavés la mer pleine de poissons”.

Ficar à porta do cinema a olhar para os cartazes

Uma concorrente do “Quem quer ser milionário” acaba de ganhar 2.500€ mesmo depois de ter chamado “Sepulvêda” ao Luis Sepúlveda. Várias vezes. A favor da senhora o facto de ter admitido que não tem tempo para ler mas gosta de passar pelas livrarias e ver os livros.

terça-feira, 3 de junho de 2008

sábado, 31 de maio de 2008

O roto e o nu

Alanis Morissette acabou de cantar “Ironic” no Rock in Rio Lisboa. Mas a maior ironia deste evento foi ver ontem Zé Pedro, dos Xutos & Pontapés, a comentar a actuação de Amy Winehouse em tom jocoso. Para ser perfeito, perfeito, só lá faltava Jorge Palma para fazer comentários ao comportamento etílico da moça.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Por qué no se callan?

Lembram-se deste vídeo?




E viram este video ontem?


Sócrates e Louçã no “ParlamentE"


E então, ainda sou só eu que acho que estão bem uns para os outros?

Moda Primavera/Verão 2008

sábado, 24 de maio de 2008

Festival das Comunidades Migrantes

Não é necessário recorrer a estudos estatísticos para conhecer os fluxos migratórios na Europa. Basta analisar a votação do Festival Eurovisão da Canção.

Brasil, douze points

As votações até este momento são reveladoras da comunidade de imigrantes de cada país. Ainda não vimos a pontuação atribuída por Portugal mas calculo que seja distribuída entre Brasil, Angola, Moçambique e Cabo Verde.

Shakaia

É uma pena que esta canção de Andorra não tenha chegado à final do concurso de “drag queens” que está a ter lugar na Sérvia neste momento. Perdemos assim a oportunidade de ver um momento tipo “Shakira meets Abelha Maia”.

Eurovision drag queen contest


É só a mim que o evento conhecido como Festival Eurovisão da Canção parece um desfile de “drag queens”, a começar pela cantora sueca que, segundo os comentadores, venceu já uma vez , em 1999? Não terá sido em 1799? A cara da senhora parece andar em obras vai para mais de 50 anos.
Quanto aos manos Rosado, versão Azerbeijão, acabo de receber este sms: “Aqui é o Jean Paul Gaultier que é o comentador. Ele diz que a ver pelas asas dos anjos, devem ter depenado 10000 frangos”.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Estão a dar não sei o quê não sei onde VI

Eunice Muñoz relembra a Balsemão os tempos de juventude em que ele era um belo homem e ela não era feia de todo. Tita Balsemão está com cara de quem lhe apetece parafrasear Bárbara Guimarães, mais coisa menos coisa: “Olha o meu querido marido. Estás a comer não tarda”.

Estão a dar não sei o quê não sei onde V

Prémio “Estou muito nervoso” vai para um dos manos Guedes: ”Estamos nervosos, não é gata?”, dirigindo-se à esposa.

domingo, 11 de maio de 2008

Estão a dar não sei o quê não sei onde IV

Prémio “Marretas” para Ana Bola e Maria Rueff, no papel de Statler e Waldorf.

Estão a dar não sei o quê não sei onde III

Prémio “Sopa da pedra na cabeça” vai para Bárbara Guimarães: “Olha o meu querido marido. Já jantaste?”

Estão a dar não sei o quê não sei onde II

José Cid exibe um estilo que se pode definir como “José Castelo Branco meets Arafat”. Ou só a mim é que aquilo parece um “kefieh” azul bébé com uma florzinha sobreposta?

Estão a dar não sei o quê não sei onde

Globos de Ouro, acho que é isso. Espreitei a “alfombra roja” (digam lá que não tem mais piada do que “passadeira vermelha”?) e fiquei a saber que a Fátima Lopes veste João Rolo, um vestidinho verde que se pode traduzir assim: três “abat jours” sobrepostos. Quanto a David Fonseca veste “Mr. Magoo”.

domingo, 27 de abril de 2008

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Wake up and smell the poop

Segundo uma notícia que hoje ouvi na SIC o café mais caro do mundo custa perto de 250€ o kilo e está a ser servido num estabelecimento londrino a 75€ a bica. Um pouco mais de investigação e descobri que esta preciosa bebida, convenientemente chamada “Caffe Raro”, resulta de uma mistura de grãos de café cultivados na Montanha Azul da Jamaica com outros originários da Indonésia, o “Kopi Luwak”, e são estes últimos que fazem deste café uma excentricidade.
A produção de “kopi luwak” obedece a um método natural. As bagas são ingeridas pelo “luwak”, nome nativo dado a uma espécie de gato em vias de extinção (civeta, em português), digerem a polpa mas por não conseguirem digerir os grãos estes são expelidos com as fezes. O sistema digestivo do “luwak” possui uma enzima que contribui para reduzir a acidez, daí resultando um café mais aromático, mais doce e com um sabor achocolatado. Dizendo isto de uma maneira mais pragmática: é um café feito a partir de grãos extraídos do cócó de um gato.
O que torna o “luwak” um animal tão especial é o facto de, além de estar em extinção e de expelir fezes mais caras que marisco, possuir um apuradíssimo olfacto que lhe permite seleccionar as melhores bagas de café. Não surpreende por isso que a sua produção se limite a menos de 300 kilos por ano. Não consigo, contudo, deixar de pensar que talvez contribua para o aumento do preço a escassez de mão de obra. É que não deve ser fácil encontrar gente disponível para apanhar esta pepita castanha.
Para quem estiver interessado lamento informar que em Portugal esta raridade ainda não é comercializada. Mas como o euromilhões produz excêntricos todas as semanas, se foi você a acertar nos cinco números e duas estrelas e além disso não se repugna com facilidade, dê um pulinho a Londres e faça uma paragem no estaminé de Peter Jones, em Sloane Square. Se, apesar de excêntrico, tem o tempo muito ocupado, pode sempre comprar uma destas caixinhas ( a imagem à direita NÃO É uma barra de chocolate de cereias):


Da próxima vez que beber um café e pensar “este café é uma merda” é porque, se calhar, é!

Aos senhores do PSD

É só para chamar a atenção que isto de se candidatarem para a liderança do partido não é o mesmo que se oferecerem para marcar uns penalties. Mas, como até agora é isso que parece, os adeptos ainda só viram uma bola na trave e duas nos postes.

Sit Down Comedy

Luis Filipe Menezes deu uma entrevista a Mário Crespo na passada semana na Sic Notícias. Crespo disse a Menezes que lhe admira a retórica. É um senhor este Mário. Conseguiu dizer isto sem se rir.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Foi o melhor que consegui inventar

Depois de um canal de televisão Luis Filipe Vieira já anunciou que o Benfica vai criar um site só para benfiquistas alternativo ao Hi5. Vai chamar-se 5Hi (five ai ai ai ai ai, um por cada golo sofrido ontem).

Ilustração da semana


sexta-feira, 11 de abril de 2008

Escrever em blogues pode ser prejudicial à saúde

O Benfica acaba de perder com a Académica por 0-3. A PJ deve ter levado à letra as últimas declarações de Luis Filipe Vieira e entrou em campo, disfarçada de equipa de futebol vestida de vermelho. A capa de hoje do “Público” dá conta que na polícia de investigação em Portugal faltam quase 700 inspectores. A ver pelo resultado de hoje na Luz já só falta saber onde andam os outros 689.

ai shéll sei dis ouneli uance

«Devia existir um registo oficial e diário do que Menezes anda por aí a dizer. Já começa a ser difícil seguir o delírio político do “chefe" e do partido, sem uma ajuda organizada»

Vasco Pulido Valente

Já se começaram a organizar, afinal. Aqui: http://www.youtube.com/user/MudarPortugal.





Para quem não se cansar de ouvir Menezes a pôr em prática o seu próprio acordo ortográfico: “telebisibo”, “competitibo”, “desenbolbimento”, “ponto de bista”, ou “fédiber”*. E no que toca ao inglês Sócrates não se fica a rir: “Rite my lips???”

* fait-divers, antes do acordo

Coisinhos

“0 coronel é que devia ficar com a miúda, não é?”

Ao ponto a que o DN chegou, um título destes ainda nos faz pensar que se trata do resultado de uma sondagem quanto ao destino de duas personagens de uma qualquer novela da TVI. Lê-se a notíca até ao fim e chega-se à conclusão que para o DN é disso mesmo que se trata, de um folhetim:

A dona Amélia, 57 anos a fazer no sábado, que se apresenta como "operária, pronto, mulher a dias", e desde o primeiro episódio uma fanática do folhetim do Tribunal de Torres Novas, concorda absolutamente: "A miúda é muito esperta... Com a idade que ela tem... porra." Quanto ao mau da fita, é, claro, Baltazar: "Se eu fosse bala estava morto". Uma certeza mortífera, temperada pelo alegre grupo de alunos da secundária local, que veio "ver o movimento": "O coronel é que devia ficar com a miúda, não é?"

Para os que pensam que o estilo de prosa não é digno de um jornal (que já foi) de referência deixem-me que vos recorde que o DN é publicado no mesmo país onde o primeiro ministro se dirige a um lider parlamentar da oposição pedindo-lhe que “diga lá qualquer coisinha” . Sounds like poetry, porra!

P.S. Dona Amélia, se ler isto no sábado...parabéns.

IRC, o Imposto sobre o Rissol de Camarão

“Sabia que tem de pagar um imposto se andar num carro movido a óleo de fritar batatas?”, perguntou agora mesmo Clara de Sousa, no Jornal da Noite, da SIC. Então e se for de fritar rissóis?

terça-feira, 8 de abril de 2008

Madeira's fool

Se o Porto já queimou o fogo de artifício de uma passagem de ano a 6 de Janeiro não vejo por que razão não pode a Madeira celebrar o dia das mentiras uma semana depois...

Deputado do PND propõe estátua de Jardim com 50 metros e escada interior

A Assembleia Legislativa da Madeira (ALM) agendou para hoje a iniciativa do PSD de um projecto de resolução que homenageia Jardim e os seus 30 anos de governação. Aproveitando a homenagem, Baltasar Aguiar, deputado do PND, requereu ontem a apreciação de outro projecto, da sua autoria, intitulado "Construção de uma estátua do dr. Alberto João Jardim", tendo os serviços da ALM solicitado parecer jurídico prévio à sua admissibilidade. Diz o PND que Jardim é uma "figura incontornável da nossa história recente, nomeadamente pelas muitas obras públicas que tem realizado por toda a ilha". O projecto diz que "este ilustre e intrépido guia e mentor do Madeirense Novo merece uma mais significativa homenagem, que lhe é devida em plenitude do seu Governo, não depois da sua jubilação". Assim, propõe-se que a ALM recomende ao Governo Regional a "construção de uma estátua em bronze ou outro metal nobre, com cerca de 50 metros de altura, que represente o amado líder da Madeira Nova, dr. Alberto João Jardim". O PND "defende" que essa estátua "seja colocada no cimo do antigo Forte de S. José, na entrada do porto do Funchal (Pontinha); que seja concebida de forma a possuir uma escada interior que permita aos visitantes a subida até à altura da cabeça dessa obra de arte, de onde poderão observar a baía e a mui nobre cidade do Funchal, através dos olhos do seu amado líder". Mais: "Que, na base do pedestal, sejam colocadas pequenas rodas em aço, como nos antigos moinhos da ilha do Porto Santo, ligadas por correias transmissoras a um mecanismo propulsor interno, que permita que a estátua acompanhe o movimento do sol, como fazem os girassóis; que, na altura do zénite do astro-rei, emita a estátua um forte silvo, que simbolize para as gerações vindouras os imortais dotes oratórios de Jardim; que a energia necessária ao movimento de rotação e apito da estátua seja fornecida pelas ondas do mar".

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Roads

PORTISHEAD





Ohh, can't anybody see
We've got a war to fight
Never found our way
Regardless of what they say


How can it feel, this wrong
From this moment
How can it feel, this wrong


Storm.. in the morning light
I feel
No more can I say
Frozen to myself

I got nobody on my side
And surely that ain't right
And surely that ain't right

Ohh, can't anybody see
We've got a war to fight
Never found our way
Regardless of what they say

How can it feel, this wrong
From this moment
How can it feel, this wrong

INSTRUMENTAL

How can it feel, this wrong
From this moment
How can it feel, this wrong

Ohh, can't anybody see
We've got a war to fight
Never found our way
Regardless of what they say

How can it feel, this wrong
From this moment
How can it feel, this wrong

sábado, 15 de março de 2008

quarta-feira, 5 de março de 2008

Wake me up when October ends

Hillary Clinton, Obama, McCain, Rato Mickey ou Emplastro. Qualquer um. Ainda falta tanto para Novembro...

segunda-feira, 3 de março de 2008

Tarde demais

Quem aqui chegar agora já não vai conseguir ver o vídeo do "post" anterior. Para surpresa de ninguém foi retirado do YouTube. É uma pena. Deixo-vos com a transcrição do diálogo, entre Marion Cotillard e Xavier de Moulins, enquanto passeiam pelas catacumbas de Paris:


Marion Cotillard : J'ai tendance à être plutôt souvent de l'avis de la théorie du complot.
Xavier de Moulins : Un peu parano ?
M. C. : Pas parano, non c'est pas parano parce que je pense qu'on nous ment sur énormément de choses : Coluche, le 11 septembre. On peut voir sur internet tous les films du 11 septembre sur la théorie du complot. C'est passionnant, c'est addictif, même.
X. de M. : Sur le 11 septembre par exemple, toi, qu'est-ce qui t'a le plus troublée, concrètement ?
M. C. : On te montre d'autres tours du même genre ayant pris des avions, ayant brûlé… il y a une tour, je crois que c'est en Espagne, qui a brûlé pendant 24 heures.
X. de M. : Avant de s'effondrer ?
M. C. : Elle ne s'est jamais effondrée ! Aucune de ces tours ne s'effondre. Et là, en quelques minutes, le truc s'effondre. Et puis après, on peut en parler longuement… Parce que c'était bourré d'or les tours du 11 septembre. Et puis c'était un gouffre à thunes parce qu'elles ont été terminées, il me semble, en 1973 et pour recâbler tout ça, pour le mettre à l'heure de toute la technologie et tout, c'était beaucoup plus cher de faire des travaux etc. que de les détruire...
[A ce stade, il semble que le reste de sa tirade ait été coupé au montage, pour en arriver à la conclusion :] Est-ce que l'homme a vraiment marché sur la lune ? J'ai vu pas mal de documentaires là-dessus et ça, vraiment je m'interroge. Et en tout cas je ne crois pas tout ce qu'on me dit, ça c'est sûr.

Encontrado em http://www.marianne2.fr/, o site que deu origem à polémica. Ver aqui


There "is" idiots everywhere

No passado sábado encontrei no “The Huffington Post” uma notícia sobre Marion Cotillard. Em circunstâncias normais uma notícia que envolve franceses, desde que não seja Sarkozy, passa-me ao lado. Mas o título era este: ”Marion Cotillard’s 9/11 and moon landing conspiracy theories”. Tive que ler.
Segundo o artigo a actriz recentemente galardoada com um “Oscar” não acredita na versão oficial dos acontecimentos de 11 de Setembro e tem sérias dúvidas quanto à chegada do Homem à lua. Mademoiselle Cotillard não diz que 9/11 nunca aconteceu mas acredita que foi um “inside job”. O vídeo não acompanhava o artigo mas não se incomodem que eu fui à procura:




Como diria Santana Lopes, ver isto foi um grande sacrifício pessoal. E tive de ver várias vezes porque esta é a versão original, em francês e sem legendas. Ainda me dói a cabeça.
A jovem Marion defende a teoria segundo a qual as torres, dadas por concluídas em 1973, estavam a custar imenso dinheiro em manutenção pelo que a sua destruição seria um negócio mais rentável. Eu, que li e vi isto no sábado, não comentei logo o assunto porque pensei que este vídeo era uma cabala qualquer, uma espécie de montagem urdida pelas conspirativas cabecinhas da Cate Blanchette, Julie Christie e Laura Linney. A Ellen Page parece que não alinhou porque anda demasiado ocupada a elaborar um plano para destruir os boatos sobre a sua orientação sexual.
Da menina ainda não se ouviu qualquer comentário à divulgação destas imagens que são de Fevereiro de 2007 mas o advogado já disse que as afirmações foram retiradas do contexto. O contexto não sei então qual seria mas o cenário parece que são umas catacumbas quaisquer em Paris. Perfeito portanto para alguém com tanta teia de aranha na cabeça. Provavelmente também acredita que o Elvis está vivo e que o Churchill nunca exixtiu. Pelo menos nesta última está bem acompanhada como atestam notícias recentes.
A acreditar assim em teorias da conspiração não me surpreenderá se daqui a uns dias a Marion vier dizer que naquele vídeo não é ela mas a Edith Piaf a passar-se por ela.
Como se diz na terra do tio Sam e dessa cambada de forretas que até explodem torres só para não gastar dinheiro a arranjar escadas rolantes, não passam de “bullshit” as opiniões da actriz mas considero-as graves o suficiente para ameaçar seriamente as aspirações de internacionalização da carreira.


P.S. Leio agora que Marion Cotillard é uma activista ambiental. Aguardo ansiosamente pela opinião que terá quantos às teorias de Al Gore.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

"Bitch is the new black"




Em Portugal ainda não temos o privilégio de ver Tina Fey. Depois de durante vários anos ter escrito para o Saturday Night Live e de ter sido a primeira mulher a chefiar a equipa de redacção, Tina Fey regressou ao programa como “hostess”. Criadora e protagonista da série “30 Rock”, actualmente em transmissão na NBC, o vídeo acima é o segmento “Weekend Update”.

252 anos depois está tudo explicado

Israeli earthquakes are gays' fault, says MP

Em Israel e não só. Eu sempre desconfiei daquelas roupinhas e cabelinhos que se usavam ali por volta de 1755.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Let's party

A criação deste blog, há precisamente um ano, é indissociável da cerimónia de entrega dos Óscares. A 25 de Fevereiro de 2007, para combater o sono enquanto a festa não começava, dei início à brincadeira de fazer um blog convencida que a aventura não ultrapassaria os comentários à festa. Afinal, um ano depois e passada mais uma celebração do cinema, por cá continuo.
Ao contrário do ano transacto não vou analisar em pormenor o que aconteceu no Kodak Theatre. Primeiro, porque não aconteceu grande coisa; segundo, porque a capacidade física, que tem andado pelas ruas da amargura, não me permitiu aguentar além das três da manhã. Mas gravei e já vi. E bocejei. E fiz muito “fast forward”, o que dá imenso jeito cada vez que os comentadores da TVI abrem a boca. Não sei que disparates terão dito este ano e parece-me que isso é bom para mim.
Foi uma noite murcha, sem centelha de brilho. Jon Stewart tem, na minha perspectiva, o mesmo problema de Conan O’Brien: depois da piada, a pausa e expressão facial à espera dos aplausos.
Quanto à cerimónia propriamente dita não houve um único momento digno de ficar na memória. Em palco nada mais aconteceu para além das prestações por parte dos nomeados para melhor canção. E, fraquinhas como eram, melhor era não terem acontecido. Até a repescagem de momentos passados foi a prova que a cerimónia foi preparada em cima do joelho, fruto da indecisão quanto à greve dos argumentistas. Quem tenha em casa aqueles DVD ou VHS que celebram os “Oscars’ Greatest Moments” identificou uma boa parte deles (o discurso em linguagem gestual de Louise Fletcher, o nu que atravessa o palco atrás de David Niven, as “new faces on the old faces” de Johnny Carson...), o que prova que nem se deram ao trabalho de fazer nova pesquisa de imagens.
Não vou também comentar os trajes que se exibiram. O Oscar de melhor actriz secundária, atribuído a Tilda Swinton, foi dos primeiros da noite e, depois de confrontar os meus olhos com uma indumentária daquelas, qualquer trapinho parecia “haute couture”.
Os discursos também não merecem grandes observações. Não se repetiu o momento Gwyneth Paltrow, a chorar baba e muco nasal, ou o momento “bebi 32 cafés e tomei uma quantas pastilhas” de Cuba Gooding Jr. Pelo contrário, a ver pela quantidade de sotaques diferentes que tivemos este ano, sugiro legendagem em 2009. E já agora, no que diz respeito a sotaques, a tradição já não é o que era: onde é que já se viu, um espanhol a falar inglês em condições? Bardem que ponha os olhos em Penélope Cruz (segundo as revistas cor de rosa, as mãos já ele pôs...) e em Antonio Banderas.
Mas nem tudo foi banal nesta noite. Destaco como melhor momento ver Cormac McCarthy em pé, no meio da plateia, a aplaudir efusivamente os irmão Coen pela adaptação da sua obra, “No country for old men”. Nada mal para quem, até há menos de um ano, nunca tinha dado uma entrevista televisiva ( e apenas duas para a imprensa escrita) ao longo de uma carreira de 40 anos. É caso para dizer: a noite dos Óscares é “no place for shy men”.


P.S. Para celebrar o 1° aniversário, e como por aqui as festas não costumam ser regadas a “champagne”, mudou-se apenas a decoração ali em cima. Sempre fica melhor em dia de festa. Mesmo correndo o risco de parecer abichanado :-)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Muita parra, pouca uva




O senhor que aqui vemos, em pânico, é o senador Kirk Watson, do Texas, apoiante de Barack Obama. Convidado para um debate com Stephanie Tubbs, apoiante de Hillary Clinton, no programa de Chris Matthews na MSNBC, ficou em apuros quando lhe foi feito um pedido: “name some of his legislative accomplishments... name any...". Gaguejou, tentou mudar de assunto e não chegou a lado nenhum. A única desculpa para a falta de preparação deste defensor de Obama é ele ter pensado qua a MSNBC era a SIC e que o Chris Matthews era o Ricardo Costa.
Kirk Watson não foi capaz de mencionar nenhuma medida de Obama porque “hope” e “change” não são determinadas por decreto.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Caixões Vilaças, caros comó caraças




Já várias vezes tinha procurado por este “sketch”. De tudo quanto o genial Herman José já fez este é absolutamente inesquecível. Fez parte do “Hermanias”, de 1984, agora em reposição aos sábados à noite, na RTP Memória. Para ver, para rever e sobretudo para não esquecer que todos temos para com Herman José uma imensa dívida de gratidão: ensinou-nos a rir quando mal o sabíamos fazer e quando poucos eram capazes de o fazer . Obrigada.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Valentine's Day

Quem me conhece sabe que o dia de hoje me passa ao lado como passam todos os que pretendem celebrar algo que deve ser celebrado todos os dias. De tal forma que já houve alguém que resolveu passar pela caixa de comentários a manifestar a surpresa pela decoração cardíaca no título daqui do estaminé.
Para verdadeiramente celebrar o dia de S. Valentim deixo-vos com um poemazinho que relata a minha história e do meu ex. Desculpem se algumas frases vos parecem familiares mas estou muito cansada e não me apetece ter de inventar tudo:


It was many and many a year ago,
In a kingdom by the sea, (1)
Andava eu a apanhar mexilhões
Quando levantei a cabeça e te vi

“Come live with me and be my love” (2)
Disseste logo de uma assentada
Deixei cair os mexilhões
Eh pa, fiquei lixada

“Come slowly, Eden
Lips unused to thee.” (3)
Não me venhas com falinhas
Que os mexilhões não são p’ra ti

"Let us go then, you and I,
When the evening is spread out against the sky" (4)
Mas é melhor não irmos pelas rochas
Porque quem escorrega também cai

"Love is like the wild rose-briar,
Friendship like the holly-tree" (5)
Com a poesia já me deste a volta
Os mexilhoes sempre são para ti

“i carry your heart with me” (6)
mas tens de ser discreto
é que se a asae te apanha
vais dentro, isso é certo

"Marriage is not
a house or even a tent" (7)
É uma espécie de barraca
Que costuma dar muita gente

"How do i love thee
Let me count the ways" (8)
Os dias foram doze
Do Natal até aos Reis

"What if I say I shall not wait?
What if I burst the fleshly Gate"
(9)
Por mim diz o que quizeres
Em ti não há nada que se aproveite

"I have done it again.
One year in every ten" (10)
Conheço um gajo porreiro
E ao fim de uns dias largo o man

"O CAPTAIN! my Captain! our fearful trip is done;" (11)
E já durou mais do que eu estava à espera
Afinal ainda não é desta
Que um namorado chega à primavera


(1) Edgar Allan Poe
(2) Cristopher Marlowe
(3) Emily Dickinson
(4) T.S.Elliot
(5) Emily Bronté
(6) e.e.cummings
(7) Margaret Atwood
(8) Elisabeth Barret Browning
(9) Emily Dickinson
(10) Silvia Plath
(11) Walt Whitman


P.S. 1. Para quem gosta de implicar e vier dizer que entre o Natal e os Reis não há mexilhão de jeito experimentem encontrar uma palavra em inglês que rime com Páscoa.
P.S.2.Atendendo ao teor do poema decerto notarão que além do do dia de S. Valentim se celebra já por antecipação o 1° de Abril...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

E médico de familex, não se arranjex?


Se temos tempo para malhar no governo e para chafurdar no passado do sr. primeiro ministro também temos que ter tempo para aplaudir estas medidas. Eu acho isto do choque tecnológico aplicado aos centros de saúde o máximo. Eu até marcava já uma consulta não fosse o facto de eu fazer parte do grupo de um milhão de portugueses que NÃO TEM MÉDICO DE FAMÍLIA.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Husband swap


A dona Maria Braselina nem queria acreditar quando viu que o homem que lhe entregaram em casa não era o mesmo a quem ela se tinha entregue perante Deus. Mas acabou por acreditar, ao fim de muitas, mas mesmo muitas, dicas.
Segundo relatou a própria aos jornalistas a neta já lhe tinha feito sinal a avisar que aquele não era o avô mas ela nem ligou. Ora, aqui falta informação, porque numa notícia o detalhe é tudo. Ou acham que é em vão que me chamo nitpicker?
Que tipo de sinal terá sido esse? Uma piscadela de olhos? Um fungar seguido de tosse fictícia? Linguagem gestual porque a avó ouve mal? (que ela vê mal é conclusão fácil de tirar). Penso que não. A ver pela pouca atenção que a dona Maria prestou à neta só pode ter sido uma coreografia de gestos como aqueles que os jogadores de “baseball” são exímios a executar. O que é certo é que não acreditou nela. Afinal a miúda tem só 12 anos e parece que na família a capacidade para reconhecer o próprio avô só chega mais tarde, junto com a capacidade jurídica e a capacidade de atar os atacadores sem ficar com um dedo preso. Isto para as meninas porque para os meninos o que vale é a capacidade de fechar o fecho “éclair” das calças sem ficar com a ...hmm...”there’s something about mary” entalada.
Mas dona Maria continuava com a pulga atrás da orelha. E um elefante à frente dos olhos a julgar pela dificuldade em perceber que aquele não era o seu homem. A desconfiança adensou-se quando viu a cara esfacelada. Façamos um exercício: fechemos os olhos e imaginemos a dona Maria, vergada sobre a maca, a alguns centímetros do rosto daquele homem, a desconfiar em silêncio, enquanto cofia o queixo: ” Hmm, este não parece nada o meu Zé. Ouve lá, põe lá a cara de lado. Agora do outro. Hmm... Há aqui qualquer coisa que não tá bem... Oh Carina, traz aí uma fotografia do avô”.
Mas como a cara não lhe revelava informação suficiente virou-se para os pés e fez-se luz. Ou alguém acendeu a luz, vá lá saber-se. Quando somos levados a pensar que o sr. Raposo terá nos pés alguma marca de nascença ou uma unha encravada que o diferencia de qualquer outro utente do SNS descobrimos que é a ausência de meias que tudo esclarece. É normal. Eu não sou casada mas calculo que uma mulher até pode não reconhecer o marido quando o olha olhos nos olhos mas uns pés nús disspam qualquer dúvida. Foi então que dona Maria desbafou: “Que me caia já aqui um velho de Anadia se este não é o meu marido”.
Dona Maria tinha há dias visto o José Rodrigues dos Santos, no Telejornal, a falar de uma moda entre casais chamada “swing” mas nunca imaginou ver-se nessa situação, ainda para mais sem a parte divertida. E a calma que até aí tinha exibido desapareceu: “O senhor que estava na maca ainda me agarrou na mão e disse: ‘Tens a mão tão fria!’ Aí é que fiquei passada e disse ao bombeiro: ‘Leve-o daqui por favor que ele não é o meu homem!’”. Presume-se que foi o tom delicado do falso marido que o traiu. Zé Raposo nunca usaria tanta cortesia. “F***-se, que tens as patas geladas” teria sido o comentário se se tratasse do amor da sua vida.
A família não quer apresentar queixa porque já teve “chatices suficientes” mas dona Maria teme que o marido “ganhe medo ao hospital e não queira lá voltar”. Eu, no lugar do sr. Raposo não teria medo de voltar ao hospital. Mas com uma família destas eu teria medo, muito medo, de voltar para casa...

Tejo's Eleven

Lembram-se deste post? Pois parece que afinal não é preciso esperar por Novembro de 2008 para dizer que Vasco Pulido Valente se enganou. Mitt Romney, um dos candidatos do GOP à presidência dos EUA, acaba de abandonar a corrida à nomeação republicana. A aposta com Mário Soares era um almoço e eu quero aqui sugerir onde deve o repasto ter lugar: naquele restaurante no alto do parque Eduardo VII, chamado Eleven. Ouvi dizer que é um restaurante de luxo, com vista panorâmica sobre Lisboa e onde se consegue beber uns vinhos jeitosos por três mil euros. Acontece que o terreno onde a tasca está instalada pertence à Câmara Municipal de Lisboa e os coitados dos 11 sócios (onde se inclui José Miguel Júdice, aquele senhor que, juntamente com Marinho Pinto são assim uma espécie de Tyson/Holyfield da advocacia tuga) têm de desembolsar 500 euros de renda todos os meses, que correponde ao valor médio de uma refeição para duas pessoas. Quanto cabe a cada sócio pagar? Como diria Guterres, “ é fazer as contas”. Mas ao contrário de Guterres, eu sei fazer as contas. Isto dá a astronómica quantia de 45,45€ a cada sócio.
Eu até tenho a sorte de ser uma solteirona a viver com a mamã por isso não pago renda. Mas imagino como deve ser difícil largar 500€ todos os meses. Imagino porque tenho uma amiga que paga isso por um T0 em Lisboa.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Why I Love America



Nao sei quem é aqui o verdadeiro artista: se Barack Obama, se quem escreveu o discurso (caso não tenha sido o próprio) ou o autor da ideia de o transformar em canção (ou devo antes dizer, hino?). É um trabalho da autoria de Will.i.am, dos Black Eyed Peas, e conta com a participação de Scarlett Johansson, Herbie Hancock, Kate Walsh (Grey’s Anatomy), John Legend, Amaury Nolasco, entre outros. É um “must see video”.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Madam President




"It took a Clinton to clean after the first Bush and I think it might take another one to clean up after the second"


À hora a que escrevo ainda não são conhecidos os resultados da “Super Tuesday” nas primárias norte americanas. Se do lado republicano não tenho preferência o mesmo não acontece do lado democrata. Esta casinha na Sibéria “endorses” Hillary Clinton.
A frase acima proferida e transcrita tem tanto de “sound bite” como de verdadeiro. Os EUA são hoje uma imensa casa desgovernada, sem liderança, a precisar de uma verdadeira limpeza. Hillary Clinton é a pessoa ideal para o fazer. Barack Obama pode vir daqui a uns anos para tratar da decoração.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Eu é que sou o engenheiro

Já lá vão uns meses desde o imbróglio da licenciatura do primeiro ministro. Veio a presidência da União Europeia e suspenderam-se temporariamente as hostilidades. Chegou a tão esperada remodelação mas, mais relevante do que as mudanças que poderá trazer ao executivo, deixa no ar a dúvida: afinal enganaram-se ou não no número de telefone e confundiram os Pinto Ribeiro?
Se estavam com saudades de ver o primeiro ministro entalado é só ler a notícia em destaque na edição de hoje do “Público”. Segundo este jornal, na década de 80 José Sócrates assinou vários projectos de engenharia e arquitectura que não eram da sua autoria. São conhecidas como “assinaturas de favor” mas, enfatizam os especialistas, não constituem crime. São meros esquemas ardilosos para contornar a lei, portanto.
Quem se lembra deste post e quem me conhece sabe que nutro um especial interesse pela construção civil. Não, não é a minha área profissional mas numa determinada fase a minha vida rodopiou à volta de projectos de arquitectura, cálculos de ferro, licenças de construção, câmara municipal , engenheiros e trolhas.
Não acredito que seja preciso ter um passado de tijolo e cimento como o meu para saber que esta prática é corrente em qualquer câmara municipal deste país. E é com muita certeza que digo que esta não é a pior embora isso não a torne menos grave. Porque se é verdade que há muitos engenheiros que assinam projectos que não são seus muitos outros há que são responsáveis pelo acompanhamento da obra e só marcam presença uma vez por mês para lembrar ao proprietário que está na altura do pagamento. Nessa altura pegam no livro de obra, perguntam ao empreiteiro (se ele lá estiver, se não ao primeiro servente que lhe apareça à frente) “o que é que fizeram?”, assina o livro e despede-se sempre a olhar para o chão certificando-se que não leva lama nas botas Timberland acabadinhas de comprar. Entretanto, quando o trolha lhe responde “hoje fizemos bacalhau, amanhã acho que o almoço são iscas”, o senhor engenheiro já não o ouve por causa do barulho do seu Porsche Cayenne.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Champagne on the docks

Comemora-se hoje na blogosfera uma efeméride que não posso nem quero deixar passar: o primeiro aniversário do blog do meu amigo Rick, docas nas asas do desejo.
Trata-se de um blog muito diferente daqueles que eu estava habituada a frequentar. Intimista, positivo, despretensioso, onde se escreve muito e bem sobre cinema mas não só e onde se exibem belas fotografias que nada devem à arte.
Aqui na Sibéria apreciamos efemérides. Algumas já passadas não foram aqui referidas por não haver um computador disponível. O dia 7 de Agosto por exemplo. Ou o dia 17 de Dezembro, dia do aniversário deste amigo de quem hoje vos falo, que devido a um acontecimento triste também não foi aqui celebrado. Para corrigir a falta resolvi deixar aqui uns postalinhos personalizados, made by nitpicker, dedicados ao meu espaço favorito na blogosfera. Como não consegui decidir qual colocar aqui ficam todos.









Amigo, já agora obrigada por teres criado o blog a 31 de Janeiro. Assim já tenho motivos para festejar este dia que, desde 1987, é dia de neura. Mas nada de tristezas e vamos lá a abrir a garrafa de champagne.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Meanest mom on the planet

Jane Hambleton, de 48 anos e mãe de um jovem de 19, auto-intitulou-se a ela própria “the meanest mom on the planet” por ter colocado à venda o carro do filho.
Por altura do “Thanksgiving”, Mrs. Hambleton ofereceu a Steven um carro em troca de um acordo que incluia duas condições: manter o carro sempre fechado e nada de álcool. Como verdadeira mãe que é foi revistar a viatura e não só não precisou de chave ( estava aberto, infringindo a regra número um) como tinha uma garrafa de uma bebida alcoólica debaixo do banco da frente.
Steven Hambleton fez o que qualquer adolescente faria: disse que não era dele e que não sabia como a garrafa ali tinha ido parar. A mãe não foi na conversa e para o castigar decidiu vender o carro colocando um anúncio num jornal local explicando o motivo da venda. Ei-lo:




Mal o jovem Hambleton tinha recuperado da humilhação de se ver exposto perante a população de Fort Dodge (Des Moines, Iowa) onde reside e já a notícia assumia contornos nacionais ganhando destaque na ABC News, CNN e Washington Post, por exemplo (não, não é só a TVI que aproveita tudo). Daqui até à requisição para aparecerem em tudo quanto é talk show foi um pulinho. Depois da participação no “Good Morning America” choveram pedidos de todo o lado com Oprah Winfrey a participar na corrida mas exigindo exclusividade em troca. A mãe é fã de Oprah (who isn’t?) e estavam tentados a aceitar o convite quando Ellen DeGeneres telefonou. Steven é fã de Ellen e chegou à conclusão que ficar sem carro até era um preço demasiado baixo para conhecer a vedeta dos “daytime talk shows”. Steven até pode ser um adolescente ingénuo que não sabe esconder uma garrafa de Smirnoff mas tem visão: na semana seguinte Ellen destronou a mais famosa apresentadora de televisão do mundo como personalidade favorita dos americanos.
Aprecio pais disciplinadores e admiro o facto de esta mãe ter ido até ao fim com a sua decisão mas se eu fosse adolescente e ela fosse minha mãe da próxima vez que eu encontrasse no carro dela um pacotinho de bolachas ou uma sandocha, fazia-lhe o mesmo. Vejam o vídeo e perceberão porquê.


Ellen: What kind of booze?
Jane: It was Smirnoff
Ellen: Smirnoff? It’s just like Listerine*



*Listerine é um colutório. Vá lá, não sejam preguiçosos, o site da Priberam está à distância de um clic. Tenho que fazer tudo aqui é? OK, é um anti-séptico oral.

domingo, 27 de janeiro de 2008

sábado, 26 de janeiro de 2008

Valha-nos Deus, estamos todos lixados II

Ouvi há pouco o ministro da saúde, Correia de Campos, a propósito da reportagem transmitida no Jornal da Noite da SIC, na passada quinta feira, que retrata a descoordenação nas emergências médicas.
Não me quero deter a analisar as declarações do sr. ministro porque é sábado à noite e não quero que se perceba que não tenho nada mais interessante para fazer. Mas não resisto a dar uns recadinhos.
Quando o senhor diz que “todos os dias 20 mil pessoas vão às urgências em Portugal”, já pensou que isso acontece porque não há unidades de cuidado intermédio e as que ainda vão sobrando o senhor as está a encerrar? Vamos, sr. ministro, não porque “temos confiança nas urgências”, como o senhor diz, mas porque não temos alternativa.
Com Correia de Campos armado em queixinhas, Conceição Lino armou-se em engraçadinha e perguntou: “está a dizer que esta foi uma semana má para si?”. Não me lembro qual foi a resposta do ministro porque fiquei a pensar que se esta foi uma semana má para o ministro o que diriam (se não tivessem morrido) o que caiu da maca e o que caiu das escadas abaixo.
Também gostei dos gráficos arco íris. Repararam como os que aconselham os nossos políticos já os ensinaram que isto de ir para a televisão mostrar fotoc­ópias a preto e branco não está com nada? Ah pois, Correia de Campos foi munido de uns graficozinhos mais coloridos que as fotos do David LaChapelle.
Mas sabe quem viu que o momento alto desta entrevista foi esta frase: “Temos um excelente Serviço Nacional de Saúde”. Mas esta não comento porque tenho ali um refugadinho que está a começar a pegar.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Valha-nos Deus, estamos todos lixados

Quando aqui coloco um vídeo um dos critérios é que não seja longo. Não é, contudo, o caso de hoje. Estes dois vídeos, no seu conjunto, contam mais de 13 minutos. Mas são treze minutos que devem ser vistos e que dificilmente esqueceremos. Vi a reportagem no “Jornal da Noite” da SIC mas admito que voltei a vê-la aqui. Como se quisesse ter a certeza que o que tinha ouvido a primeira vez era real.
Para quem não sabe do que se trata esta reportagem passou ontem à noite e reproduz uma chamada telefónica para o INEM a comunicar a queda de um homem de 44 anos pelas escadas abaixo. Mas vejam e ouçam. No primeiro video temos a conversa entre a operadora do INEM e o familiar da vítima. No segundo, entre essa mesma operadora e o bombeiro de Favaios e também o de Alijó.

Isto acontece na mesma semana em que um idoso morreu após uma queda de uma maca enquanto aguardava na urgência do hospital de Aveiro. Mas estes são os casos que chegam à comunicação social. Muitos outros passam despercebidos.
Há cerca de duas semanas estive doente e, incapaz que me sentia de conduzir, chamei os bombeiros. Felizmente não moro em Favaios e dos bombeiros não me queixo. Pelo contrário, aqui fica um muito obrigada ao bombeiro que, perante os “valores malucos” (bombeiro dixit) do meu ritmo cardíaco, me levou directamente ao hospital sem passar pelo centro de saúde. Chegada ao hospital Amadora-Sintra fui à triagem e dizem-me que a minha temperatura e a minha idade não justifica a taquicardia. Como tal precisava fazer um ECG “já”. Foi-me atribuída a bolinha laranja que, de acordo com o sistema de triagem de Manchester, é dada aos casos urgentes e que supostamente não devem demorar mais de 10 minutos a ser avaliados pelo médico. Para resumir posso dizer-vos que aguardei mais de meia hora na sala de espera e só fui socorrida ao fim dessa meia hora porque desmaiei. Felizmente não era nada de grave mas, e se fosse?
Este vídeo ilustra bem aquilo a que estamos sujeitos quando necessitamos de cuidados médicos. Aquilo e a quem porque até podemos manter todas as urgências deste país abertas que enquanto estivermos dependentes da incompetência e da falta de formação de prestadores de cuidados, como este bombeiro, só mesmo Deus para nos valer.


P.S. Acabo de ouvir que a família do falecido quer processar o INEM. Se assim é, porque não processar todos seguindo a ordem dos acontecimentos e começar logo pelo irmão da vítima. E não se esqueçam do bombeiro.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

A memory a day keeps the doctor away VIII

Este post surge aqui não só como resultado do passeio pela memória musical dos 80’s mas sobretudo para os mais susceptíveis não apanharem assim de repente com o post que vem a seguir.



Thompson Twins, Hold me now, 1984

Como é que o Armani perdeu esta oportunidade no Renascimento

DAVID, de Michelangelo




DAVID, de Victoria



Valete, o Ás do rap tuga

Lembram-se de “video killed the radio star”, dos “Buggles", o primeiro a passar na então estreante MTV em 1981? Neste século XXI o YouTube está nos antípodas da MTV: não só não mata “stars” como ajuda a emergir algumas “quase pré” (para citar o artista em causa) estrelas.
Valete é um rapper português com direito a entrada na “Wikipédia”. Eu não gosto de rap por isso não conhecia o Valete. Mas gosto do Sporting e por causa disso passei a conhecer o Valete, para quem o clube do meu coração está num “estado de quase pré-falência”. Ainda não é falência, também não é bem pré porque é só quase, o que quer que isso seja.
Este verdadeiro artista dedicou algum do seu tempo e menos ainda do seu talento a Paulo Bento. Hmm, talento? Paulo Bento? Ora bolas, isto rima e quando se fala de rap não pode ser, como confirma o próprio na sua autobiografia: “ fui ao Johnny Guitar e vi o Nigga War e os Nexo a actuarem. Pensei: “F***-se estes gajos são muitos bons, vou rimar para quê? Para ser só mais um?”. Não tinha confiança nenhuma, abandonei a ideia de começar a rimar.”
Este abandono não foi contudo definitivo: “ Ninguém percebe como é que pões a jogar um gajo comó Djaló/ diz-lhe que ele é tecnicamente um cataclismo/e que um campo de futebol nao é uma pista de atletismo”. Reparem como se consegue aqui fugir à rima escatológica. Eu, se tivesse uma frase com “Djaló” e “cataclismo” só conseguiria rimar isto com “autoclismo”.
Mas se isto não é suficiente para vos convencer do talento literário desta carta do baralho, passem pelo MySpace e detenham-se na autobiografia. Deixo-vos só com uma passagem: “Éramos pobres comó c***lho. Vivíamos em Benfica, com mais duas famílias. Uma casa de 3 assoalhadas onde viviam 11 pessoas. Era mesmo f***do.”Sounds like poetry...
“Baza a correr com o Paulo Bento/Tomates e assobios/baza a correr com o Paulo Bento”. Assobios já temos. Agora só falta que apareça alguém com tomates.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Happy Birthday to You

Este post tem dedicatória. Para a minha amiga Z, a.k.a., Snow friend, a.k.a., Caminheira, aqui em casa mais conhecida como A Minha Querida Amiga. Para os teus 35 anos aqui fica “THE song”. Há “amanhãs que cantam” mas também há “yesterdays” que ecoarão nos nossos ouvidos e nos nossos corações para sempre. FELIZ ANIVERSÁRIO

Eu é mais a previsão meteorológica

Esqueçam taxas de desemprego, evolução do PIB e inflação. Ignorem índices bolsistas, graus de produtividade ou balanças comerciais. Em Portugal o indicador verdadeiramente revelador dos seus habitantes é este: Ana Malhoa foi a “personalidade” mais procurada na internet em 2007.

sábado, 19 de janeiro de 2008

A memory a day keeps the doctor away VII

O passeiozinho hoje leva-nos até ao momento na vida que todo o trintão recorda com nostalgia: os anos 80. Vamos lá ouvir coisinhas que vai para mais de 20 anos que andam esquecidas...



Corey Hart, Sunglasses at night, 1984




Dead or Alive, You spin me round (like a record), 1985



Johnny Hates Jazz, Shattered dreams, 1987



F.R. David, Words, 1983

E agora para estragar tudo dois exemplos de grupos que tinham em mim o efeito que tem hoje o João Pedro Pais...



Prefab Sprout, The king of rock'n' roll, 1988



Cock Robin, The promise you made, 1986

I'll be back, não sei é quando, parte II

Seja lá quem for a sumidade que trata destas coisas da meteorologia, lê este blog. De que outra maneira se explica o extraordinário dia de sol que tivemos hoje? Na sequência do post anterior, já temos uma em três. Mas é bom que a gaija que manda aqui se restabeleça depressa porque os 4 golos ao oitavo classificado da Série D da II Divisão, também conhecido como Lagoa, não são suficientes para criar condições para o meu regresso.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

I'll be back, não sei é quando

Este blog está temporariamente sem actividade. A administração é que se esqueceu de avisar. Recomeçarão as pastagens quando se verificar pelo menos duas das três condicões seguintes:

1ª quando a gaija que manda aqui tiver recuperado o estado normal de saúde;
2ª quando o bom tempo vier passar uns dias para estes lados;
3ª quando lá para as bandas de Alvalade se conseguir algo próximo de uma equipa de futebol.

...whichever comes first.