sábado, 26 de janeiro de 2008

Valha-nos Deus, estamos todos lixados II

Ouvi há pouco o ministro da saúde, Correia de Campos, a propósito da reportagem transmitida no Jornal da Noite da SIC, na passada quinta feira, que retrata a descoordenação nas emergências médicas.
Não me quero deter a analisar as declarações do sr. ministro porque é sábado à noite e não quero que se perceba que não tenho nada mais interessante para fazer. Mas não resisto a dar uns recadinhos.
Quando o senhor diz que “todos os dias 20 mil pessoas vão às urgências em Portugal”, já pensou que isso acontece porque não há unidades de cuidado intermédio e as que ainda vão sobrando o senhor as está a encerrar? Vamos, sr. ministro, não porque “temos confiança nas urgências”, como o senhor diz, mas porque não temos alternativa.
Com Correia de Campos armado em queixinhas, Conceição Lino armou-se em engraçadinha e perguntou: “está a dizer que esta foi uma semana má para si?”. Não me lembro qual foi a resposta do ministro porque fiquei a pensar que se esta foi uma semana má para o ministro o que diriam (se não tivessem morrido) o que caiu da maca e o que caiu das escadas abaixo.
Também gostei dos gráficos arco íris. Repararam como os que aconselham os nossos políticos já os ensinaram que isto de ir para a televisão mostrar fotoc­ópias a preto e branco não está com nada? Ah pois, Correia de Campos foi munido de uns graficozinhos mais coloridos que as fotos do David LaChapelle.
Mas sabe quem viu que o momento alto desta entrevista foi esta frase: “Temos um excelente Serviço Nacional de Saúde”. Mas esta não comento porque tenho ali um refugadinho que está a começar a pegar.

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