terça-feira, 27 de novembro de 2007

sábado, 17 de novembro de 2007

Ask me no questions, i'll tell you no lies

A propósito do acidente com o helicóptero que transportava uma mulher grávida, ontem, nos Açores, lê-se no DN de hoje:

Manobra brusca de 'heli' provoca cinco feridos

“O acidente aconteceu quando dois bombeiros e a equipa médica do Hospital de Angra do Heroísmo (Ilha Terceira) e do Centro de Saúde Velas (São Jorge) já estavam dentro do helicóptero a acomodar Anabela Ávila, grávida de 36 meses, que entrou em trabalho de parto prematuro.”


Se aquele helicóptero transportava uma mulher grávida de 36 meses e ainda assim se considera que entrou em trabalho de parto prematuro, não me parece que a notícia relevante seja o acidente.


Agora, se não se importam, vou mascarar-me de gaja boa e dirigir-me à festa dos 50 anos do meu tio A. Parece que a família lá vai estar toda e eu não vejo a maior parte deles vai para 6 anos. Amanhã venho cá contar-vos quantas vezes tive de responder à pergunta: ”então quando é que te casas?”. Pelo sim, pelo não, já aqui tenho um papelinho com 17 respostas possíveis a essa pergunta. Uma por cada tio/tia e umas extras para algum primo/prima mal casado/a. Espero que não me façam chegar à 17ª resposta. É que não me apetecia nada ter de mandar alguém p’ró ca®@£§o...

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Irgendwann fällt jede mauer*


Passam hoje 18 anos sobre o acontecimento que me abriu os olhos para o mundo. Falo obviamente da queda do muro de Berlim.
A 9 de Novembro de 1989 tinha eu 16 anos e uma embaraçosa alienação do que pelo mundo acontecia. A ausência de conhecimento e de interesse justificava-se e era alimentada pela inexistência de estímulos. Na minha família não imperava a curiosidade intelectual e a incompetência de quem vem há anos dirigindo o ensino em Portugal impediu que, do primeiro ano de liceu ao 12°, a disciplina de história com o seu extenso currículo alguma vez chegasse ao século XX. Nunca a escola me ensinou o que foi a instauração da República, a 1ª e a 2ª Guerras Mundiais, o Estado Novo ou o 25 de Abril. Revolução russa? Guerra civil de Espanha? Meras expressões vazias de conteúdo.
Sabia que havia um muro em Berlim que dividia uma cidade a meio. Porque é que este muro também dividia o mundo? Os porquês ficavam sem resposta.
Hoje a informação está à distância de um click. No final dos anos 80 aqui na minha aldeia estava à distância de uma viagem de autocarro de quase 10 km até à biblioteca mais próxima. Cá em casa o único livro que havia era o “Mestre Cozinheiro” e quanto a jornais só mesmo “A Bola”, de vez em quando e com dias de atraso. Não venho por isso dar lições de história e, menos ainda, divagar sobre a supremacia de uma ideologia.
A 9 de Novembro de 1989 percebi que o mundo, sim, é um lugar estranho. E, como tudo o que nos é estranho, temos que o tentar compreender se queremos sequer alcançar uma ínfima parte da sua complexidade.
Para os que hoje têm 16 anos há um universo de possibilidades de acesso à informação que eu não tinha e por isso me choca tanto o desprezo que a maior parte deles sente pela história. Eu, ao menos, sentia embaraço pela minha ignorância.


*eventually every wall falls

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Eu é que sou o presidente...da câmara

Desde domingo que ando para falar aqui de Ribau Esteves. Para quem não sabe de quem se trata, esclareço que é o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, município que deve dar uma trabalheira com as suas 4 freguesias, e novel secretário geral do PSD. Se não acompanha estas coisas e é mais dado a imagens fique a saber que é aquele espeto com dentes que por alturas do congresso do partido estava sempre atrás de Luis Felipe Menezes quando havia câmaras por perto, assim à laia de emplastro.
Ribau Esteves, considerado o braço direito de Menezes no partido, veio agora dar uma entrevista onde assume a possibilidade de ser futuro líder do PSD. Um mês e pouco depois da eleição do líder já vem o Eng° José Agostinho (era para ver se soava melhor que Ribau mas não há mesmo nada a fazer...) pôr-se em bicos de pés com a senha na mão a dizer “ a seguir sou eu!”. Eu, que até sou dextra, digo já que com um braço direito assim mais valia a Menezes tê-lo partido no úmero, rádio e cúbito e deixá-lo engessado até ao fim da sua presidência social democrata. Até 2009, portanto.
Mas há mais. Convidado a comentar as declarações críticas de Pacheco Pereira relativamente ao novo líder do partido o agora secretário geral afirma que a posição da actual direcção é “deixá-lo a falar sozinho”. Ao que parece administrar um concelho com três Gafanhas e um São Salvador não lhe deixa tempo para ver televisão, ler jornais ou navegar na internet. É pena. Se o fizesse saberia que se há coisa que Pacheco Pereira não faz é falar sozinho.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Wash your hands and say yeah

“(…)estudo internacional do Conselho de Higiene, que teve como amostra cerca de mil pessoas com mais de 35 anos, que habitam em particular o Norte e Centro de Portugal e Lisboa.(…) Este estudo conclui ainda que metade dos portugueses não lava as mãos depois de espirrar ou tossir”

Tenho lido por aí muitas manifestações de surpresa com o resultado deste estudo. Não percebo porquê. Não sei se já repararam mas metade dos portugueses quando espirra ou tosse é bem capaz de ter as mãos nos bolsos.

domingo, 4 de novembro de 2007

Para o estado de coma falta um bocadinho assim

Na sua crónica de hoje no jornal “Público”, à qual chamou “Paralisia”, Vasco Pulido Valente mostra-se surpreendido pelo facto de 58,9% dos portugueses não conhecerem o orçamento de estado para 2008. A mim espanta-me que 41,1% o conheçam.

Você decide

Para quem tem por hábito passar por aqui e hoje se depara com mais claridade devo explicar que ao fim de quase 9 meses descobri finalmente onde estão os interruptores cá de casa. Dá jeito agora que estamos no horário de Inverno. Aviso desde já que ainda não encontrei o fogão.
Mas não se iludam. Ser distraída não é o meu maior defeito. Tomar decisões, esse sim! De tal forma que nem consigo decidir sozinha de que cor devo pintar as paredes desta casa. Para isso vou precisar da vossa ajuda e tratei já de colocar ali à direita uma sondagem para que os meus ilustres convidados tenham uma palavra a dizer.

Que bem que se está na praia

Meus amigos, como já devem ter reparado a frequência aqui pela Sibéria anda abaixo de pouca. Mas decerto compreenderão que com este Verão extraordinário por terras lusas a ninguém ocorre partir para gélidas paragens. É verdade que tenho passado por aqui “now and then” mas o tempo à minha disposição para pouco mais tem dado do que abrir umas janelas para arejar o espaço.
Hoje, contudo, pese embora o facto de ser domingo, ou talvez por causa disso, passei por cá para fazer umas actualizações, limpar o pozinho e ver a caixa de correio.
No decorrer das limpezas apercebi-me que sou pobre e mal agradecida. A parte do pobre já tinha sido revelada pela ausência de férias nos últimos 2 anos, 3 meses e 16 horas (but who’s counting...). Quanto ao mal agradecida confesso que é defeito que não tenho. Contudo, foi aqui deixado um voto de amizade que passou sem o devido agradecimento. Agora vou ter de me penitenciar. Laurentina, dir-me-às tu como...
Em segundo lugar, neste post onde mais uma vez se remexeu nas memórias de uma infância remota, prometia-se um jantar a quem se lembrasse de Mr. & Mrs. Roper. Muito me surpreende que tu, Okelani, conhecedora que és dos meus dotes culinários tenhas arriscado admitir que te lembras desta série e, em consequência disso, cobrar-me o jantar.
Podemos agendá-lo para daqui a duas semanas porque na próxima tenho a minha reuniãozinha “Tupperware”. Aqui segue a ementa: