segunda-feira, 29 de outubro de 2007

59 minutos

Se me perguntarem qual o meu programa de informação favorito respondo “Sixty minutes”. Se me perguntarem qual o meu político favorito no momento respondo “Nicolas Sarkozy”. Se não perguntarem eu digo na mesma.
Quando seria de esperar que da junção dos dois resultasse um bom momento televisivo, eis que “Sarko, the american” resolve ter um momento “à la Santana Lopes” e deixar Leslie Stahl a lançar perguntas para a atmosfera: “what was unfair?”.
O motivo da saída intempestiva não se prende com a chegada de Mourinho a Paris mas com uma pergunta sobre Cecília, a ex-primeira-dama que nunca chegou a ser. Sarkozy é um político hábil que não tem dificuldades em contornar questões melindrosas mas Cecilia parece ser (foi) o seu ponto fraco.
Se é verdade que concordei com Santana no episódio da chegada de Mourinho ao aeroporto da Portela, penso de forma diferente em relação à atitude de Sarkozy. Dois pesos e duas medidas? Talvez. Mas não só os motivos são completamente diferentes como a importâncoia de um e de outro na cena internacional não é comparável. Reconheço no presidente francês o talento suficiente para se desembaraçar destas situações. O que já me custa é admitir que até os mais profissionais dos programas de televisão não conseguem fugir à cusquice da vida privada.
Se Leslie Stahl tivesse feito o trabalho de casa e estudado bem a pessoa que ia entrevistar teria percebido que não era questão onde devesse insistir quando Sarkozy lhe respondeu a primeira vez que mesmo que tivesse algo para dizer não o faria ali. Basta olhar bem para o presidente francês para perceber que para aquele peditório ele não dava.
Quanto à decisão de revelar as imagens onde Sarkozy chama “imbecil” ao assessor de imprensa pergunto-me se o fariam caso este incidente não tivesse ocorrido. Não creio. Foi mesmo, como se diz lá pela Gália, “revanche”.


1 comentário:

Laurentina disse...

Tunga !
Bem malhado .

Beijão grande