domingo, 29 de abril de 2007
sexta-feira, 27 de abril de 2007
Agência de quê?
O “Público” de hoje noticia o falhanço completo da Agência de Inovação no processo de desenvolvimento e fabrico de aviões não tripulados para detecção de incêndios.
O concurso público internacional foi lançado a 6 de Janeiro de 2005 pela AdI e desde aí o processo arrastou-se ao longo do tempo sem ter desfecho conhecido. E estamos a falar de uma área (aeronáutica) considerada fulcral no âmbito do Plano Tecnológico. Aquele que é suposto vir acompanhado de um “choque” lembram-se? Choque? Nem encosto quanto mais choque...
O resultado desta iniciativa que nunca chegou a ser é o governo agora ter de optar pela aquisição directa que custará só 5 a 6 milhões de euros, cinco vezes mais do que a aposta inicial.
Os Ministérios envolvidos no protocolo que antecedeu o concurso são o da Administração Interna, o da Ciência e o da Economia. E o que dizem os seus responsáveis? António Costa (Administração Interna) remete para o da Ciência. O da Ciência (Mariano Gago), remete para o da Economia. O da Economia (Manuel Pinho) não remete para ninguém e faz ele muito bem porque já sabemos do que é capaz cada vez que abre a boca.
Eu, que tenho problemas com a língua portuguesa, não sei o que quer dizer “remete”. Mas deve ser “meter outra vez” (re+meter). E o que voltaram estes senhores a meter? Água! E os pés pelas mãos!
Quantas vezes não se desculpa Portugal por não ter os meios. Quando tem os meios não os sabe rentabilizar. É grave o Estado deste país! Mas o estado em que está Eusébio afigura-se mais importante.
quinta-feira, 26 de abril de 2007
Memory lane, parte II
O local onde estive instalada foi precisamente aqui:
Para ser ainda mais rigorosa foi nesta casa onde tive o privilégio de disfrutar de um quarto num piso só para mim:
O Andrew Sullivan tem no seu blog um espaço a que chama "The view from your window" e de que me lembrei quando tirei a foto seguinte a partir da janela do meu quarto. Apesar de o tempo ter estado bom esteve sempre presente uma nebelina distante que não permitiu que as fotos ficassem tão nítidas quanto eu desejaria. É verdade que as vinhas em Abril ainda não permitem disfrutar a plenitude da paisagem mas encantou-me puder ter lindos dias de sol com as montanhas ainda com neve como pano de fundo. Esta é a vista do meu quarto:
E de um lado diferente do meu quarto:
E para que não digam que na foto do Google não se vê nada de jeito aqui ficam algumas fotos do que tinha à minha volta:
Continua nos próximos dias...
quarta-feira, 25 de abril de 2007
Quando for grande quero ser...
Obrigada
O fiscal da CP quer o casaco de volta
Ninguém explica o 25 de Abril
Por ter nascido em 1973 não tenho experiência pessoal dos tempos que antecederam essa data.
A cada ano que passa e que reflicto sobre essa época são sempre as mesmas questões que me assolam o espírito: a liberdade e o ensino do 25 de Abril nas escolas. Por agora vou limitar-me à segunda.
Entrei para a escola primária em 1979. Para o que na altura se chamava liceu em 1983. Acabei o 12° ano em 1991. Tive 8 anos consecutivos a disciplina de história (do agora 5° ano ao 12°), sem contar com a primária. NUNCA, em qualquer um desses anos, me foi ensinado o que foi o 25 de Abril.
Não sei a quantas pessoas terá acontecido o mesmo mas palpita-me que a muitas. Quando há dias li que o Ministério da Educação assinou um protocolo que visa mudar a forma como a Revolução dos Cravos é ensinada nas escolas a minha apreensão com esta questão não diminuiu. Mudar a forma? Eu já me teria dado por satisfeita se pura e simplesmente me tivessem falado dela.
Nunca houve livros na minha casa nem jornais. Os meus pais eram politicamente desinteressados e não tive na família um tio ou avô perseguido pela PIDE. Na minha aldeia não há nem nunca houve uma biblioteca. A mais próxima fica a 8 km e só a pude frequentar a partir dos 15 anos quando fui para uma escola nas suas redondezas. Por todas estas razões eu podia apenas contar com a escola para me transmitir conhecimentos.
Tive alguns professores de história fabulosos mas incapazes de lidar com programas cuja extensão nunca lhes permitia sequer chegar a meio. É mais fácil abrir a boca de espanto quando hoje à noite se vir no Telejornal a habitual sondagem de rua aos adolescentes que não sabem o que foi a Revolução, do que apontar o dedo à escola e aos sucessivos governos que se preocupam com todos os papéis que a escola deve desempenhar mas se esquecem do básico: dar conhecimento dos factos.
Eu tinha contudo uma desculpa que não me parece que os jovens de hoje tenham. Eu não tinha como aceder à informação. Não tinha sequer computador nem imaginava que chegaria o dia em que uma coisa chamada Internet pudesse vir a existir. Por isso assumo aqui que era já bem crescidinha quando percebi o que tinha sido o 25 de Abril e como era o meu país antes desse dia.
Como se isto não bastasse também nunca me ensinaram na escola o que foi a instauração da República, a 1ª ou a 2ª Guerra Mundial. Por aquilo que a escola me ensinou a história de Portugal acabou com o ultimato inglês de 1890!
Ora dá cá um e a seguir dá outro
É hoje
Como não é certo que chegue ao ano de vida começo já a festejar. Agora vou ali apanhar os restos do candeeiro que se foi com a rolha da garrafa de champanhe.
terça-feira, 24 de abril de 2007
Excesso de selo
Ao que parece os CTT resolveram criar uma campanha dando a qualquer pessoa a possibilidade de desenhar um selo. Os criadores, ávidos de publicidade, resolveram empestar blogues com a divulgação dos seus talentos. A mim faz-me sentir um bocadinho como se andassem a colar cartazes nas paredes da minha casa.Quanto aos CTT tenho uma ideia melhor: em vez de cada um poder desenhar um selo porque não cada um poder entregar uma carta. Punham a correspondência em dia ( e como ela anda atrasada!) e aqui a casinha siberiana ficava livre de publicidade não desejada.
E a resposta, camarada?
Na minha demanda encontrei esta pérola:
Fiquei encantada quando vi isto.
Encantada por ter nascido quando este Portugal se estava a transformar e poder viver a minha vida num país melhor do que aquele em que viveu a minha mãe.
Encantada por saber o que é um latifúndio sem ter de perguntar a um barbudo qualquer. Encantada por não ser aquela mulher que colocou a questão e que de certeza saiu de lá a saber o mesmo.
Encantada por não ter hoje à minha volta homens que se dirigem às mulheres dizendo que são “companheiras que nos vão AUXILIAR para TODA a NOSSA vida”.
Aquela mulher “libertou-se dos complexos” ( e a ver pelo resto da audiência dos lenços também) mas isso não foi suficiente para ter direito a uma definição de latifúndio. E nós, mulheres, hoje sabemos o que é um latifúndio mas ficamos sem saber o que este gajo acha que as mulheres merecem em troca. Ele assegura-nos que colonizá-las não é. Uff, que alívio!
Não sei se esta senhora ainda vive. Espero que sim e, se algum dia passar por aqui não hesite em ir até à caixa de comentários e diga-nos: já sabe o que é um latifúndio?
segunda-feira, 23 de abril de 2007
Dia mundial do livro
A walk on memory lane
As minhas viagens de avião sempre foram tranquilas. Mas quando comecei a viajar acompanhada instalou-se uma pitadinha de ansiedade que, desta vez, atingiu um pico um nadinha mais alto. Uma descolagem atribulada contribui para uma viagem não tão tranquila como o habitual para o que muito contribuiu a persistente pergunta da minha companheira de viagem:”o que é isto??o que é isto??isto nunca aconteceu...”. Perturbou a minha serenidade mas não a do piloto que felizmente nos fez aterrar em Genebra, quase uma hora após a hora prevista, ali a roçar a meia-noite.
A nossa anfitriã mais nova já dormia quando chegámos a casa e por isso teve de esperar pela manhã seguinte pela nos receber. Com entusiasmo diga-se. Na perspectiva dela já era “jour”. Na minha, depois de me deitar à uma e meia da manhã, era ainda madrugada!
Estes dias foram passados na “commune” de Dardagny, uma das 45 do cantão de Genebra.
Dardagny é uma região agrícola e sobretudo vinícola, situada junto à fronteira com a França e cercada de bosques que se estendem quase até ao sopé do monte Jura.
Ao longo dos vários quilómetros que esses passeios podem ter encontramos todo um conjunto de informações relativas às videiras (sugerem que pratos estão indicados para o vinho em causa...) até informações sobre a fauna específica da região.
Continuarei nos proximos dias...
domingo, 22 de abril de 2007
Porque às vezes é preciso gritar
Hoje, no meu passeio blogosférico, o “de rerum natura” voltou a chamar a minha atenção para esta crise dando conta do facto de o governo sudanês rejeitar a intervenção de uma força de paz que inclua forças europeias e americanas que, acusa, pretendem criar um novo Iraque.
Desde 2003 que o governo sudanês, apoiado pelas milícias árabes “junjaweed”, combate dois grupos rebeldes não árabes, o Exército de Libertação do Sudão e o Movimento pela Justiça e Igualdade, que lutam contra a pobreza e marginalização da região. Governo e milícias destruiram aldeias, mataram, roubaram e violaram mulheres e crianças.
Esta é considerada a maior crise humanitária desde o Ruanda, em 1994. E chamam-lhe crise humanitária por falta de coragem para lhe chamar genocídio. Dias após a conclusão do acordo aprovado pelos 27 membros da União Europeia que prevê a criminalização da “negação e a banalização dos crimes de genocídio” justificar-se-ia que ao genocídio arménio pelo império otomano, ao de judeus pela Alemanha nazi e ao dos tutsis no Ruanda, se juntassem as vítimas de Darfur.
No “de rerum natura” existe um “link” para o Youtube com excertos de uma sessão da ONU onde o Sudão e os seus aliados rejeitam os resultados de um relatório sobre Darfur, atacam os seus autores e negam as atrocidades cometidas.
Neste vídeo aparece Hillel Neuer, director executivo da UN Watch, e que fiquei a conhecer há dias atrás a propósito de um outro vídeo. Aí, Neuer confronta o conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas com o seu silêncio, a sua inércia e indiferença perante a tortura, a perseguição e a violência sobre as mulheres. Acusa-o em seguida de ter apenas uma obsessão: a condenação do estado de Israel e assegurar a impunidade do Hamas e do Hezzbolah. A intervenção, de tão crítica que é, revela coragem. Quanto ao presidente do conselho, responde dizendo que pela primeira vez na sessão não irá agradecer uma intervenção por não tolerar o modo como Neuer se refere aos membros do conselho. Curioso é que nessa mesma sessão o Presidente agradeceu todas as intervenções anteriores, desde as que fizeram a apologia do terrorismo até às que insulatram peritos das Nações Unidas ou embaixadores. Pergunto: poderão as vítimas de Darfur depositar expectativas neste conselho para os Direitos Humanos?
Pela minha parte resolvi aceitar o repto lançado na blogosfera publicitando, através da imagem acima, a iniciativa”Dias globais por Darfur”, entre 23 e 30 de Abril. Que a indiferença e a banalização do terror não se apodere de nós.
Música no coração
quinta-feira, 19 de abril de 2007
Sou eu que tenho o exame do Sócrates
Acute angle – An acute angle is one which is less than 90° (um ângulo giro)
Archimedes Screw - enormous spiral screw (o Arquimedes está lixado, com F)
Bending moment – internal force that is induced in a structure (é o momento em que digo para...ai, já estão a começar as insinuações homo???)
Brittle – hard and breakable (o que os franceses chamam aos ingleses, mas ao contrário, para gozar com eles - Le Britt)
Concrete repair – repairing defective reinforced concrete (reparação concreta, por oposição às reparações a fingir, realizadas pela maior parte dos pedreiros)
Ductility – being capable of sustaining large plastic deformations without fracture (a utilidade dos patos)
Face nail – To install nails into the vertical (encarar o prego de frente)
Facing brick – brick used and exposed on the outside of a wall (encarar o tijolo de frente)
Ferrule - Metal tubes used to keep roof gutters "open" (movimento de apoio a Ferro Rodrigues abreviando “Ferro Rules”)
Finger joint - process of interlocking two shorter pieces of wood end to end (um charro bem enroladinho com os dedos)
Fire stop - tight closure of a concealed space, placed to prevent the spread of fire (método utilizado por António Costa na época dos fogos, proferindo a frase vezes sem conta, encerrado no seu gabinete)
Fishplate – wood piece to fasten the ends of two members together at a butt joint with nails or bolts (prato de peixe)
Fish tape - long strip of spring steel used for fishing cables (é uma cassette fixe)
Flatwork - concrete floors, driveways, basements, and sidewalks (é quando as senhoras fazem operações de redução do peito)
Interior finish- Material used to cover the interior framed areas of walls and ceilings (o que está a acontecer a Portugal com a desertificaçaodo interior)
Latch- A beveled metal tongue operated by a spring-loaded knob or lever ( “let’s” pronunciado por um cidadao do norte do país)
Louver- A vented opening into the home that has a series of horizontal slats and arranged to permit ventilation (esta sei, esta sei, é aquele museu em França de que se fala no “Código de Da Vinci)
Mantel- The shelf above a fireplace opening (homem gabarola que conta as suas aventuras sexuais – man tell)
Millwork- Generally all building materials made of finished wood and manufactured in millwork plants. (mil trabalhos, mais 898 que o Hércules)
Miter joint- The joint of two pieces at an angle that bisects the joining angle (quando se quer avisar que temos uns charrinhos – me ter joint)
Milar - Plastic, transparent copies of a blueprint ( o meu lar )
Parapet- A wall placed at the edge of a roof to prevent people from falling off (parapeito pronunciado por Sousa Cintra)
Penalty clause - A provision in a contract that provides for a reduction in the amount (uma espécie de “Santa Claus” do futebol, defensor do Benfica, que arranja assim uns penalties onde mais ninguém os vê)
Pigment- A powdered solid used in paint to give it a color. ( porco que mente)
Primer- The first coat of paint (primeiro, pronunciado por Sousa Cintra)
Putty- A type of dough used in sealing glass in the sash (nome carinhoso como trato Vladimir Putine)
Rebar-Ribbed steel bars installed in foundation concrete walls ( sair do bar e voltar outra vez)
R factor - A measure of a materials resistance to the passage of heat. (esta não sei mesmo porque em Portugual só conhecemos o factor C)
Romex- A name brand of nonmetallic sheathed electrical cable ( o que esta escrito no relógio que me ofereceram pelos anos)
Rough opening- The horizontal and vertical measurement of a window or door (entrada dificil, ai a piada homo outra vez… ver acima, bending moment)
Run, roof - The horizontal distance from the eaves to a point directly under the ridge. (telhados que fogem durante tempestades)
Run, stair- the horizontal distance of a stair tread from the nose to the riser. (descer as escadas a correr)
Shim- A small piece of scrap lumber or shingle, usually wedge shaped (não é nem gaja –she- nem gajo – him)
Slope- The incline angle of a roof surface (abreviatura para Santana Lopes)
Sonotube- Round, large cardboard tubes designed to hold wet concrete in place until it hardens. (modo como me deslocava em Londres antes de ser Primeiro Ministro - só no tube)
Spec home- A house built before it is sold. (abreviatura para homem espectacular)
Starter strip- Asphalt roofing applied at the eaves that provides protection (primeira stripper a despir-se)
Stair landing- A platform between flights of stairs or at the termination of a flight of stairs. (forma como aterramos quando caímos pelas escadas abaixo)
Terra cotta- A ceramic material molded into masonry units (uma terra já um bocado velha)
Title- Evidence of a person's legal right to ownership of a property (aquilo que estou a tentar conseguir com esta porcaria deste exame)
Trap- A plumbing fitting that holds water to prevent air, gas, and vermin from backing up into a fixture. (abreviatura de Trappatoni)
Turnkey- A term used when the subcontractor provides all materials for a job. (vira a chave)
Weep holes- Small holes in storm window frames that allow moisture to escape ( buraco onde nos escondemos quando queremos chorar)
NOTA: os termos utilizados em inglês foram retirados de um site sobre construção civil e não inventados.
quarta-feira, 18 de abril de 2007
O Soares Franco pede-me que eu vá de férias
Mas nem tudo são notícias monótonas: quando saí o Sporting estava em terceiro lugar no campeonato. Quando voltei estava em segundo. Tivesse eu mais umas semanas de férias e não haveria festa na Avenida dos Aliados...
not that i'm counting...
terça-feira, 17 de abril de 2007
Eu fico assim sem vocês
Hoje não me apetecia postar. Ainda não me apetece postar. Estou de ressaca ainda. Ressaca de emoções. Destas percebo eu.
Só saem frases curtas. Cada frase que escrevo é interrompida pelo limpar das lágrimas. As férias foram boas. Muito boas. Mas ela ficou a chorar no aeroporto. A chorar muito. Ela diz que está triste porque a titi e a vóvó foram embora. E quer que a casa da titi e da vóvó fique ao pé da casa dela. Se eu que tenho 33 anos ainda não percebo porque a vida afasta para longe aqueles de quem gosto, como pode ela, que ainda nem chegou aos 4 anos, perceber?
Como pode ela perceber que depois de uma intensa semana de brincar às escondidas, a fugir ao dragão e a passear o Luminu agora tenha de esperar alguns meses para poder repetir as brincadeiras? E os “piquininos ovinhos” de chocolate que todos os dias pareciam cair das árvores em vez das pinhas? E como explicar-lhe que não há no mundo webcam que consiga satisfazer a sua vontade: dar-me a mão?
Um intenso e caloroso abraço para todos aqueles que a vida levou para longe de mim. Deixo-vos com a letra da canção de Adriana Calcanhoto que aqui na família é conhecida como a “canção da titi”. Agora, se não se importam, vou ali para um canto chorar mais um bocadinho.
Avião sem asa, fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola,
Piu-piu sem Frajola
Sou eu assim sem você
Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim
Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço,
Namoro sem amasso
Sou eu assim sem você
Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas
Pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por quê? Por quê?
Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você
Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero em todo o instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
sexta-feira, 6 de abril de 2007
Easter(n) holidays
quinta-feira, 5 de abril de 2007
Um cartaz para mim, um cartaz para ti...
Como deixam bem claro, a expensas suas (havia de ser de quem?) e “enquanto cidadãos” resolveram os quatro elementos marcar uma posição defendendo ideia oposta salpicada de humor. Para isso colocaram o seu cartaz ao lado deste:
Então e se agora todos os cidadãos quiserem marcar a sua posição colocando cartazes na rotunda do marquês? Que critério decidirá quem pode ou não? E até um limite de quantos cartazes? Até não haver mais espaço?
Sou admiradora dos “Gato” (já não posso dizer o mesmo do sr. Pinto Coelho), mas como dizia uma das personagens daquele que é a grande inspiração deste quarteto, “não havia necessidade”.
Não pretendo reclamar aqui o meu direito a um cartaz. Mas lá que o tenho, tenho. O direito e o cartaz. Mas vou limitar-me a deixá-lo por aqui porque até ao marquês é uma carrada de quilómetros.
quarta-feira, 4 de abril de 2007
Dito ou de facto?
Estas são palavras de Manuel S. Fonseca, da editora “Guerra &Paz”, a propósito do livro “Porque gostamos das mulheres” do escritor romeno Mircea Cartarescu, no último número da revista “Os meus livros”. Detive-me no “dito” sexo oposto. Dito? Então mas diz-se que é e não é? É isso? Tem uma pessoa que passar dos trinta para descobrir uma coisa destas!
terça-feira, 3 de abril de 2007
Dinheiro bem gasto
Traje domingueiro
Desperate fan
Que o panorama televisivo se vem degradando de ano para ano parece incontestável. Mas este facto comum aos canais privados como a SIC e a TVI não deve ser alargado à TV Cabo que me parece ter uma excelente oferta para o apreciador de boa televisão. Sobretudo para os subscritores do pacote “Funtastic Life”. Vem isto a propósito da estreia ontem, na Fox, da 3ª temporada de “Desperate housewives”.
Os últimos anos têm sido pródigos na produção televisiva nos EUA muito por culpa da imensa qualidade da HBO que elevou muito alta a fasquia. Só para citar alguns exemplos, e reduzindo a lista aos que já vi, foi esta a cadeia de televisão de onde saiu “Sex and the city”, “Six feet under”, “Sopranos”, “Curb your enthusiasm”, a maravilhosa “Rome” ou ainda esse “laboratório “chamado “Da Ali G Show”. Outras cadeias terão percebido o filão das boas séries e resolveram investir no talento de alguns criadores. Foi o caso da ABC que, após a recusa da mesma HBO (grande erro), da NBC, da FOX e da CBS, resolveu apostar em Marc Cherry e nas suas “Desperate housewives”. Pertencem ainda à ABC séries como a já aqui mencionada “Grey’s anatomy” e “Lost”.
Mas é das donas de casa que hoje quero falar. A SIC já havia estreado a 3ª temporada há dias atrás mas o horário é proibitivo para quem tem responsabilidades profissionais no dia seguinte. Esperei então pelo dia de ontem para poder ver na FOX. Como é apanágio da TV Cabo, a série repete no dia seguinte, neste caso às 19h55m, um horário jeitozinho. Devido ao cansaço ainda ponderei adiar a curiosidade para hoje. Ainda bem que não o fiz.
Depois de uma 1ª temporada que agarrou todos ao ecrã, a 2ª foi, como diriam os Gatos, fraquinha. Daí a minha expectativa. E o que hoje posso dizer é que se toda a 3ª temporada estiver à altura do episódio de ontem, vou ter de marcar na agenda todas as segundas feiras às 22h15m.
Estavam lá todos os ingredientes que fazem o sucesso da série: argumento escorreito, comédia acutilante e intriga qb. Exemplos? Quando Lynette quer que Tom peça a Nora para sair da foto de Natal da família e Tom lhe diz que não sabe como o fazer, Lynette responde assim:
-Try “ you’re on the frame, bitch! Move!
Isto logo nos primeiros minutos.
Não menos brilhante a cena de Gabrielle com a empregada chinesa que é igualmente “barriga de aluguer”. Não só pela surpreendente inversão de papéis (Gabi a servir Xiao Mei enquanto esta está na cama) como pela tirada de Gabi quando a empregada a acusa de não cumprir o prometido:
Gabi: “Tell it to my Chinese friend: Soo Mi (sue me)
E depois, claro, há Susan Mayer. Só ela podia tornar hilariante uma cena de hospital na presença de alguém em coma há uma eternidade. Repetitivo mesmo só a eterna propensão de Bree para se envolver com lunáticos ( e só mesmo ela para ficar em absoluto êxtase com uma lição de limpeza...).
Por respeito àqueles que conheço que ainda não viram sequer a 2ª temporada vou tentar abster-me de certos “spoilers”. Agora, que isto promete, promete!
domingo, 1 de abril de 2007
Anatomia de um jornal
No caso do jornal “Público” essa informação consta do novo caderno P2. Se é verdade que essa informação habitualmente me passa ao lado hoje chamou-me a atenção porque era dado destaque à série “Anatomia de Grey” da qual sou admiradora e que acompanho no canal Fox Life. Na TV Cabo estamos neste momento na 3ª temporada e a minha curiosidade ao ler o destaque era saber em que parte da 2ª temporada estava a RTP, onde a série pode ser vista aos domingos.
Passo a citar a síntese do episódio de hoje tal como está no “Publico”:
“Meredith tenta evitar os Shepherds e Cristina e Burke saem juntos. Derek pede a Meredith para não o ignorar até que Addison apareça. Uma pessoa torna-se paciente de George e fica muito surpreendida. Entretanto, os pacientes de Meredith não param de falar de monogamia.”
Para quem não é admirador da série talvez seja difícil compreender a bizarria desta síntese. Se quiser pode parar por aqui...Para quem é talvez concorde comigo.
Quando li isto, eu que já vi toda a 2ª temporada, não consegui identificar o episódio. Por isso dei-me ao trabalho de às 17h30m estar em frente ao televisor com vista a descobrir. E o que se passou de mais significativo neste episódio? Exemplos: Addison recebeu a visita de uma amiga que quer ser mastectomizada porque sofre de uma mutação genética que a predispõe para o cancro; George encarrega-se de um paciente que sobreviveu à queda de um quinto andar; Miranda revela a Weber a sua gravidez. Isto assim sem entrar muito em detalhes.
E detalhes não é o que se pede numa página sobre programação onde há vários destaques. Mas ao menos que a pessoa responsável pela redacção destes textos veja os programas sobre os quais escreve ou então procure os resumos na net, assim à laia de estudante cábula.É feio à mesma mas o resultado sai um nadinha melhor.
E já agora a frase “uma pessoa torna-se paciente de George e fica muito surpreendida” é só rídicula. Surpreendente seria se essa pessoa se tornasse paciente do Dr. Finn* (McVet). Mas nem tudo são absurdos. Quando se diz que “Cristina e Burke saem juntos” compreende-se o destaque dado uma vez que esses dois até este episódio já tinham feito de tudo, menos sair juntos.
Peço portanto um pouco mais de cuidado quando se fala desta brilhante série, recente vencedora do Globo de Ouro para melhor série dramática. É que isto não é o mesmo que o “General Hospital”**...
* o veterinário na série, interpretado por Chris O’Donnell;
** a “soap opera” americana há mais tempo no ar: desde 1963!!!
O seu a seu dono
No que aos computadores e internet diz respeito sempre fui autodidacta. A primeira vez que me servi de um PC foi para redigir um trabalho e limitei-me a usar o Word. As explicações deu-as uma amiga:”aqui é para sublinhar, aqui é para escolheres a letra...”, tudo um pouco na onda “ vai fazendo clique e descobrindo”. O mesmo se passou com este blog: avançando nos passos até chegar à conclusão final, estando sempre pouco certa qual seria.
Uma das preocupações que me assolou o espírito logo de início foi como nos poderemos, todos, proteger do plágio, na blogosfera. Não acredito que alguma vez venha a ter problemas dessa natureza uma vez que até agora não me ocorreu nada de muito brilhante para dizer. Mas a regra número um deste espaço é que aqui não se escreve nada que não seja meu sem citar a sua origem.
Este desabafo ocorre hoje por uma razão. Como já aqui disse sou leitora de blogs há vários anos e alguns deles são de leitura diária.
Entre esses blogs encontra-se o “Alcómicos Anónimos”, blog onde a comédia impera. Pela sua natureza os “posts” nunca são muito longos e há piadas que ficam na memória. Passo a transcrever a que hoje suscita este meu post:
“Pedro Proença, de Lisboa, adepto do Benfica desde pequenino e ex-atleta dos escalões jovens dos encarnados foi o árbitro escolhido para o próximo Benfica-FC Porto. Esta notícia estava no MaisFutebol, mas como este é que é um sítio de comédia, aqui fica melhor.”
Este post foi publicado a 27 de Março de 2007.
Para além da leitura de blogs também leio jornais. Um deles é o "Público" que hoje, como todos os domingos, comprei. Depois da renovação o "Público" criou um espaço no caderno P2 chamado “Blogues em papel” onde destaca o que por aí se diz na blogosfera sobre determinado tema. Hoje, inevitavelmente, o tema é o jogo para a Liga portuguesa entre duas equipas cujo nome não recordo (coisas de sportinguista...).Nesse espaço aparece citado um blog: www.pedrof.blogspot.com, com o seguinte comentário em relação ao jogo:
“Pedro Proença, de Lisboa, adepto do Benfica desde pequenino e ex-atleta dos escalões jovens dos encarnados foi o árbitro escolhido para o próximo Benfica-FC Porto.Esta notícia estava no MaisFutebol, mas como este é que é um sítio de comédia, aqui fica melhor.”
Não vamos fazer aqui um "descubra as diferenças" porque as não encontramos. Como eu me lembrava de já ter lido isto nos AA vim fazer a minha pesquisa e tendo visto que os AA postaram a 27 de Março e o senhor “pedrof” a 30, as conlusões não serão difíceis de tirar. O autor do “post” nos AA é RSC (de Rui Sinel de Cordes) e no blog “pedrof”quem postou a piada foi Pedro Fonseca. A não ser, claro, que Rui Sinel de Cordes seja o nome artístico do senhor Pedro Fonseca. Se não fôr este o caso, o mínimo que se pede é que ao citarem outros que assumam ou façam “link” para o original. É que ainda por cima acabam citados num jornal de referência à custa do mérito alheio.
Se estou a ofender Pedro Fonseca, desde já apresento o meu pedido de desculpas. Se a acusação que faço é verdadeira o pedido terá de vir de outro lado. E eu não tomo as dores dos AA até porque não os conheço de lado nenhum e eles não precisarão de quem os defenda. Mas o seu a seu dono.