Aproxima-se a época dos fogos. Sim, porque isto dos fogos é como a época balnear: não sabemos como vai ser mas vai chegar de certeza.
O “Público” de hoje noticia o falhanço completo da Agência de Inovação no processo de desenvolvimento e fabrico de aviões não tripulados para detecção de incêndios.
O concurso público internacional foi lançado a 6 de Janeiro de 2005 pela AdI e desde aí o processo arrastou-se ao longo do tempo sem ter desfecho conhecido. E estamos a falar de uma área (aeronáutica) considerada fulcral no âmbito do Plano Tecnológico. Aquele que é suposto vir acompanhado de um “choque” lembram-se? Choque? Nem encosto quanto mais choque...
O resultado desta iniciativa que nunca chegou a ser é o governo agora ter de optar pela aquisição directa que custará só 5 a 6 milhões de euros, cinco vezes mais do que a aposta inicial.
Os Ministérios envolvidos no protocolo que antecedeu o concurso são o da Administração Interna, o da Ciência e o da Economia. E o que dizem os seus responsáveis? António Costa (Administração Interna) remete para o da Ciência. O da Ciência (Mariano Gago), remete para o da Economia. O da Economia (Manuel Pinho) não remete para ninguém e faz ele muito bem porque já sabemos do que é capaz cada vez que abre a boca.
Eu, que tenho problemas com a língua portuguesa, não sei o que quer dizer “remete”. Mas deve ser “meter outra vez” (re+meter). E o que voltaram estes senhores a meter? Água! E os pés pelas mãos!
Quantas vezes não se desculpa Portugal por não ter os meios. Quando tem os meios não os sabe rentabilizar. É grave o Estado deste país! Mas o estado em que está Eusébio afigura-se mais importante.
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