quinta-feira, 31 de maio de 2007

1+2=...é fazer as contas

Revista Sábado, que sai à quinta, página 88, secção sociedade, artigo sobre os bastidores de uma novela da TVI intitulado “A ilha de Moniz”:

“Há dois realizadores – um argentino e dois portugueses -, actores de luxo...”

Hmm...dois? UM argentino e DOIS portugueses? Mas isso não faz, sei lá, tipo...TRÊS?
É caso para dizer: eles andam aí, são três e andam aos pares.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Um vizinho no caminho

Não sei se já aqui partilhei a pouca atenção que presto aos dias disto e daquilo e sei lá mais o quê. E nestes incluo o dia da Mulher, dos avós, dos namorados, amantes ou quejandos. Os últimos deve ser por não ter nenhum deles: nem namorado nem amante e o mais foneticamente próximo de quejando só mesmo queijadas de Sintra quando por lá ando. E nem sempre porque os travesseiros da Piriquita saem sempre vitoriosos na hora de decidir.
A cada ano que passa alguém decide atribuir um dia do ano ao que quer que seja e devo andar tão mal informada que desconheço que ocasiões deveria eu estar a festejar. Hoje, curiosamente, celebra-se o dia europeu dos vizinhos. Não podia vir mais a jeito uma vez que é tema que ando para abordar aqui há algum tempo.
Há dias atrás vi-me na iminência de fotografar dois espécimes da minha vizinhança e exibi-los aqui. Só não o fiz porque no dia em que alguém cá da terrinha aqui viesse parar sem querer não teria dúvidas quanto à proprietária desta casa na Sibéria e eu não quero que eles saibam onde passo férias. Assim como não pretendo expor-me em demasia sinto que devo estender esse privilégio aos meus vizinhos e não publicitar aqui estes modelos exclusivos que rodeiam a minha residência.
E por enquanto estou apenas a referir-me aos modelos estilísticos. Digamos que uma das vizinhas é uma espécie de “female white version” do Stevie Wonder enquanto a outra, não a conhecesse eu a vida toda, e diria que uma afegã tinha acabado de aterrar aqui. Não, não tenho nada contra afegãs, mas se algum dia vier a ter uma como vizinha que tenha ao menos um bocadinho de bom gosto. O exemplar que não poucas vezes aqui tenho perante o meu já adestrado olhar veste única e exclusivamente de roxo. Uma espécie de “burka” de remendos sempre acompanhada por calçado a condizer, geralmente forrado pela própria. O tecido que sobra dessa árdua tarefa é posteriormente aplicado ao balde do lixo e, desconfio, a ver pela devoção violeta, a outros equipamentos domésticos. O Gene Wilder tinha uma “Woman in Red”, eu tenho aqui uma “Woman in Purple”. Dirão vocês: “cada um tem o que merece”. Digo eu: a viver num sítio assim nem é preciso ir ao cinema. E é isso mesmo que isto aqui parece: uma sala de cinema. Há uns banquinhos que eu ainda não tive tempo de dinamitar (alguém tem o número do Almeida Santos?) que poderiam bem ser as cadeiras de uma qualquer sala de cinema e a minha casa é o ecrã gigante.
Já terão percebido que a perspectiva de vizinhança que aqui se aborda não é uma perspectiva urbana tipo a do 2° esquerdo ou a do 3° direito. É mais a da vizinha da frente, a do lado, a de ali mais à frente e a de já a seguir. Não me interpretem mal: gosto dos meus vizinhos. Mas eles são como as crianças: o seu melhor é quando não nos moem o juízo. A metáfora é infeliz, eu sei, mas apostei com uma amiga em como eu conseguia fazer metáforas mais estúpidas que o ministro Mário Lino.
Mas não se pense que a minha vizinhança é tão somente um atentado à visão. Outros sentidos saem a perder na contenda. Quanto ao olfacto e ao tacto não posso dizer porque tenho uma espécie de “restraining order” que os proíbe de se aproximarem de mim num raio de 5 metros (distância que vai da minha janela aos banquinhos ainda não dinamitados). Mas a audição, meu Deus, a audição!!!
Estatisticamente, e porque fica sempre bem exibir uns números, cerca de 90%* dos meus vizinhos são verdadeiros Ferraris da capacidade vocal: vêm equipados com o melhor conjunto de pulmões, diafragma e cordas vocais. Atingem os 130 decibeis mais depressa do que o Ferrari passa dos 0 aos 100. E isso tanto pode ser a dizer “bom dia” quando se cruzam na rua como quando se encontram para comprar o pão numa carrinha que aqui apita pela manhã (160 decibeis...).
O expoente máximo da calamidade chama-se Hugo. Mais uma vez vos peço que não me interpretem mal: o Hugo é um anjinho (not really...) de 3 anos de idade. O Hugo faz o que lhe compete: brinca. A avó do Hugo não faz o que lhe compete: tomar conta dele. O que faz ela então? Instala-se num dos banquinhos com demolição agendada e vocifera: “oh Hugo, não vás para aí”; “oh Hugo, olha os carros”; “oh Hugo, olha que vem aí o homem do saco” (versão entretanto actualizada para “oh Hugo, olha que vem aí o gajo caucasiano com mais ou menos um metro e setenta, careca na cabeça e com cabelo comprido na nuca). Uma tarde passada em casa e ouço isto tantas vezes quantos os directos da SIC Notícias a partir da Praia da Luz para dizer que não há nada a dizer.
Anseio pelo dia em que o Hugo tenha idade suficiente para poder ir “para ali” (onde quer que isso seja) e que tenha idade para conduzir carros em vez de fugir deles. Só assim a avó sossega. E eu também.
Gosto dos meus barulhentos vizinhos. São gente para vir aglomerar-se à minha porta cada vez que o Sporting é campeão (como já repararam poucas vezes precisam quebrar a “restraining order") ou para me trazer um chá se eu estiver doente. Mas acreditem que há dias em que gostava que fossem assolados por um surto de disfonia. E já agora eu também gostava de ganhar o euromilhões. I wonder which will happen first...



* os outros 10% são a percentagem que trabalha com alguma regularidade

Tomate nacional é bom


Como alguns terão já reparado pela leitura da caixa de comentários, foi-me há dias atribuído por uma companheira blogueira um prémio intitulado “Blog com tomates”. Nunca ganhei qualquer prémio na vida e nunca pensei que caso viesse a ganhar se chamaria assim. Mas lá que gostei, gostei. E aqui o blog corou como um tomate...
Pois a falta de tempo não me tem permitido dedicar a esta questão com a deferência que ela merece. Mas de hoje não passa.
Parece que faz parte dos regulamentos, primeiro, exibir o prémio. Ora aí está ele pendurado na parede. Em segundo lugar caber-me-á agora atribuir mais 5 prémios “Blog com tomates”. Depois de muita ponderação, ok, alguma, tá bem pronto, não foi preciso pensar muito porque é fácil chegar à conclusão que estes 5 (e muito mais de cinco...)os têm no sítio, cá vai a minha lista (ordem alfabética):

http://alcomicosanonimos.blogspot.com/
http://marginalzambi.blogspot.com/
http://marretas.blogspot.com/
http://rititi.com/
http://wehavekaosinthegarden.blogspot.com/

Agora vou ver se descubro como é que faço as minhas nomeações chegarem à administração...

domingo, 27 de maio de 2007

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Campanha musical

O PNR já escolheu a canção que animará a sua campanha eleitoral à câmara municipal de Lisboa. Dentro do estilo que lhe conhecemos passo a transcrever a letra:

Ú-Ú
Ié-Ié
O António Costa
É monhé

Numa TV perto de si

A produção cinematográfica parece estar em alta em Portugal. Contudo, com a falta de argumentistas de qualidade, a opção parece ser fazer versões caseiras de produções americanas. Esta é a versão portuguesa de “The adventures of Priscilla, queen of the desert”.

The Three Stooges

Mais uma vez as minhas muito bem relacionadas fontes informam-me que um realizador português vai levar a cabo a versão portuguesa das aventuras dos "Three Stooges". O realizador é ainda desconhecido mas o "casting" de actores está concluído.


quinta-feira, 24 de maio de 2007

Notícia de última hora

Tive há poucos minutos acesso a informação priviligiada. Segundo a minha fonte o ministro Mário Lino admitiu nunca ter estado na margem sul e os comentários proferidos basearam-se nesta foto que consta da página 2 (de um total de 3) do dossier do novo aeroporto da OTA.


Praça de taxis

Segundo o nosso mui divertido ministro Mário Lino
este seria o aspecto da praça de taxis do novo aeroporto caso este viesse a ser construido na margem sul...

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Doguinho

Uma das figuras abaixo "passou-se" ontem à noite. Descubra qual.

domingo, 13 de maio de 2007

Falta um bocadinho assim

Embora tenha uma natureza pessimista hoje acreditei que o fcp perderia em Paços de Ferreira. Isso não aconteceu e o pessimismo de que vos falo faz-me não ter dúvidas quanto ao vencedor da Liga de 2007. O meu Sporting não ficará a 1 ou 4 pontos do primeiro lugar porque essa diferença não se medirá em pontos mas em dedos. Ficaremos a 5 dedos do fcp. Os dedos da mão de Ronny.

Equipamento alternativo

Sportinguistas assinaram petições na Internet garantindo que comprariam todos os seus móveis em Paços de Ferreira caso a equipa local ganhe ao FCP. Outros asseguram que se tornarão sócios do clube da capital do móvel. Eu acho que só se o FCP jogar com este equipamento é que os pacenses darão o litro...


Notícias romanas

Amanhã é um grande dia. Como a minha vida é só trabalho e alguma (boa) televisão das duas uma: ou recebo amanhã o meu salário que se revelará superior ao esperado ou vai começar qualquer coisa muito boa na televisão. É óbvio que se trata do segundo caso.
E do que falo? De “Roma”, com estreia marcada para amanhã (2ª temporada), na RTP 2.
“Roma” é uma série co-produzida pela já aqui mencionada HBO e pela BBC, vencedora de vários “Emmy” e cuja primeira temporada acompanhei com muito entusiasmo.



A 1ª temporada retrata Roma a partir de 52 a.C. quando Júlio César se prepara para regressar após 8 anos de guerras na Gália que estabeleceram o domínio romano no norte e centro da Europa. O regresso faz-se triunfal, acompanhado pelos seus leais homens, na posse de muito ouro e escravos. Na agenda trazia a pretensão de transformações sociais radicais que encontram oposição na facção conservadora do senado romano, encabeçada por Pompeu. Dois soldados, Lúcio Voreno e Tito Pullo abortam os planos de Pompeu e terão a gratidão eterna de Júlio César. Muito da série passa pela saga destes dois soldados da legião romana e das suas famílias.
“Roma” movimentou recursos humanos (uma equipa de mais de 400 pessoas) e financeiros (100 milhões de dólares) raramente vistos e as suas gravações tiveram lugar nos famosos estúdios Cinectità, em Itália. É uma produção que retrata com muita fidelidade os factos históricos e muito do que vemos ali é o que temos hoje: crises, traições e intriga política entre homens que têm como móbil único a preservação do seu lugar na sociedade. Some things never change...
A notícia menos boa é que o horário (22h40) coincide com “Desperate housewives”, na Fox. Mas garanto-vos que não vou perder nenhuma destas séries.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Visual DNA



Nem estas brincadeiras na Internet conseguem fazer com que eu descubra coisas novas a meu respeito...Fiz o meu Visual DNA, que aqui publico (i gotta get a life!!!)e, surpreendentemente (not really...), na lista de "people who match your Visual DNA", a percentagem maior que consigo é...53%!Gente do mundo inteiro a fazer este disparate e não consigo mais do que uma compatibilidade de 53%. Por pouco chumbava.
Já agora,"love bug"?? E onde é que isso pica??

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Sai um Frapuccino

Hoje teria sabido tão bem...


Starbucks, Lausanne

terça-feira, 8 de maio de 2007

Estado em que me encontro II

Não sei para que lado me vire...

Estado em que me encontro I

Não sei se faça sol se faça neve...


sexta-feira, 4 de maio de 2007

Mário, foi Lin(d)o

Ricardo Araújo Pereira disse há tempos numa entrevista que para Portugal ser interessante tinha de ter um Pedro Santana Lopes à frente de cada câmara e um Vale e Azevedo à frente de cada clube. Se me permitem acrescento hoje: e um Mário Lino à frente de cada Ministério.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Segô ou Sarkô, quem ganhou?

A quatro dias da segunda volta das eleições francesas, Segolène Royal e Nicolas Sarkozy encontraram-se, ontem, para o derradeiro debate. A SIC Notícias tinha programado a sua transmissão em diferido às 0h30m, horário absolutamente proibitivo para quem trabalha no dia seguinte. Optei por ver o debate na TV5 Monde a partir das 20h00, em directo e na versão original, razão pela qual peço desculpa se cometer algumas imprecisões.
Foi um debate longo (2h30m...) mas não enfadonho. Interessante. Tão interessante quanto é possível ser um debate com este formato: cuidado em garantir o mesmo tempo para cada candidato, controlado ao minuto e com moderadores cuja interferência se resumiu a lançar os temas para cima da mesa.
Gosto de ver estes debates pelo seu conteúdo mas não sou alheia à forma. E aí estivemos perante algo impensável em Portugal. Patrick Poivre d’Arvor e Arlette Chabbot, os jornalistas moderadores, dirigiram-se aos candidatos assim: Segolène Royal e Nicolas Sarkozy. Sem Madame ou Monsieur. Menos ainda senhores doutores. E dizemos nós que os franceses são vaidosos...
Ainda às voltas com a forma, quando os jornalistas saudaram os candidatos perguntando como estavam, a Royal saiu um “très bien” tão baixinho que por mim podia ter dito “fixe” que ninguém dava por isso. Sarkozy não só foi mais expansivo como tratou de logo ali apoderar-de de mais de um minuto.
Talvez se justifique já esclarecer que ideologicamente me sinto mais próxima de Nicolas Sarkozy. Admito que, enquanto mulher, me agradaria ver Segolène Royal à frente dos destinos da França. Assim a jeito de experiência. Mas o mundo não é um laboratório e quando se trata dos seus destinos pouco me importa se é homem ou mulher, preto ou branco.
Não discordo em absoluto quando a imprensa de hoje diz que o resultado foi um empate. Mas apenas e só porque Sarkozy está mais à vontade nas questões económicas e Royal nas questões sociais. Mas foi, digo eu, um empate sem golos.
Ainda assim gostei mais da prestação de Sarkozy. Royal pareceu-me tensa de início face a um Sarkozy mais descontraído. Ele, com uma postura de político profissional; ela, com um discurso inicial nitidamente pré-programado quase como se houvesse um teleponto. Contudo melhorou nitidamente ao longo das duas horas e meia de debate.
Os temas abordados foram os que preocupam os franceses mas que não lhes serão certamente exclusivos: concepção do poder, dívida, emprego, pensões, habitação, saúde, fiscalidade, educação, Europa, imigração e reforma das instituições. Faltou, na minha perspectiva, que se discutisse onde cada candidato se situa na relação com os EUA.
Sarkozy foi mais preciso nas propostas e no domínio dos números. Royal, das poucas propostas concretas que apresentou, saiu-se com a de que cada mulher das forças policiais seja acompanhada a casa, à noite, por um elemento masculino, ideia que visa combater os mais recentes casos de violações.
A faísca verdadeiramente só apareceu quando o tema foram as 35 horas de trabalho. Tema que, aliás, não foi favorável a nenhum dos candidatos. Sarkozy, que é nitidamente contra, não assume a coragem para voltar atrás. Segolène, que é a favor, não soube explicar como assegurar o pleno emprego, ancorando-se sempre no apoio dos parceiros sociais. Não menos efusivo o debate à volta da questão nuclear e das necessidades energéticas da França. Segundo a imprensa de hoje ambos estavam enganados quanto aos valores da importância da energia nuclear em França que, segundo os especialistas é de 40%, ao contrário dos 17% defendidos por Royal e os 50% defendidos por Sarkozy.
Quanto aos outros temas foi aqui que Sarkozy marcou pontos. Não tanto pelas ideais que defende mas como as defende. Enquanto Royal andava às voltas procurando não dar respostas definitivas que a possam comprometer no futuro, o candidato da UMP foi peremptório: não à adesão da Turquia, não à VI República, não a um novo referendo a uma nova constituição europeia, não à abertura da França a países que não se abrem à França (“ a França não pode acolher toda a misérias do mundo”).
Quando, na parte final, foram convidados a fazer uma apreciação pessoal mútua, Sarkozy não se negou e mostrou apreço pela competência da sua adversária e referiu que não foi em vão que ela chegou até ali. Já Segolène preferiu enfatizar o combate de ideias insistindo que ambos pensam de forma diferente, não tendo proferido quaisquer palavras de carácter pessoal em relação ao seu adversário.
Antes de dar por terminado o debate a cada um foi dada oportunidade de se dirigir aos franceses pela última vez naquela noite. Sarkozy voltou a falar de acção realçando o valor do mérito, do esforço, da recompensa do trabalho. Segolène, que não tinha querido ser pessoal, não se coibiu de referir ser mãe de quatro filhos. Falou da importância de ser mulher, de audácia (Barack Obama de saias?? ) e do exemplo de Angela Merkel.
Não voto nas eleições em França. Se votasse, antes do debate votaria em Sarkozy. Depois do debate também.
Ele chama-lhe “choix de vie” e assumiu: “je me suis preparé pour cet rendez-vous”. E, digo eu, preparou-se também, toda a vida, para ser presidente da República Francesa.
Vive la France!





quarta-feira, 2 de maio de 2007

Aceleras da calçada

O “Times On Line” publica hoje o resultado de um estudo liderado por Richard Wiseman (com um nome destes esperavam-se outros interesses, mas enfim…), professor de Psicologia na Universidade de Hertfordshire, segundo o qual a velocidade a que caminhamos aumentou em 10% desde 1994, data do último estudo.
A investigação foi conduzida em 32 cidades e a campeã em peões aceleras é, pasmem de espanto, Singapura! Uma cidade asiática...i did not see that one coming! A culpa, dizem, é da tecnologia hoje ao nosso dispôr, que nos torna impacientes e convictos de que podemos fazer tudo, advindo daí consequências para a nossa saúde e vida social.
Mas tenho outro interesse para além do resultado do estudo. O artigo no “Times” termina com um questionário de 7 perguntas às quais podemos responder de modo a descobrir se somos, também nós, aceleras da calçada. Cinco ou mais respostas positivas significa que sim.
Ora eu quero através deste meio, e revelando as minhas respostas, provar à minha família e aos meus amigos que eles estão errados a meu respeito quando dizem que preciso abrandar o meu ritmo de vida e que ando demasiado depressa. Isto porque apenas UMA vez respondi SIM neste questionário de elevadíssimo rigor cintífico. Senão vejam:

Do you seem to glance at your watch more than others?
Não. Estou sempre tão ocupada e tão absorvida com o meu relógio que não tenho tempo para ver se os outros olham muito para o relógio ou não.

When someone takes too long to get to the point, do you want to hurry them along?
Não. Porque quando finalmente “they get to the point” eu já lá não estou.

Are you often first to finish at mealtimes?
Não. Porque enquanto estou a comer estou a ver as notícias, a falar ao telefone e a navegar na net.

When walking along a street, do you feel frustrated because you are stuck behind others?
Não. Nunca fico “stuck behind others” porque consigo andar mais depressa do que eles.

Would you become irritable if you sat for an hour with nothing to do?
Não. Tenho sempre tanta coisa para fazer que não disponho de uma hora sem nada para fazer.

If you are caught in slow-moving traffic, do you seem to get more annoyed than other drivers?
Não. Fico um nadinha mais irritada do que os que vão à minha frente mas seguramente menos do que os que vêm atrás.

Do you walk out of restaurants or shops if you encounter a short queue?
Sim. Pronto, esta é então a única resposta positiva. É que se tiver uma fila pequena é porque não é lá muito bom. Se fosse tinha uma fila grande, né?


Espero que não levem a mal ter deixado as perguntas em inglês, língua original do estudo e do questionário. É que assim o blog parece, sei lá, interessante e eu pareço, tipo, esperta. Além disso com tantas palavras em inglês o pessoal vai ao Google à procura não importa de quê e caem aqui que nem tordos. O contador agradece.

terça-feira, 1 de maio de 2007

Quem me leva este fantasma

Não sei se vos acontece. Não poucas vezes estou a ler ou ouvir uma coisa e a pensar noutra. Por exemplo: no meu 10° ano, enquanto um colega lia um texto, eu na minha cabeça substituía uma determinada palavra por outra completamente diferente, de modo a tornar o texto divertido. E ali estava eu, em plena aula de História, a rir de um texto sobre a Peste Negra. Tendo em conta que eu a era a marrona da turma o facto causava estranheza acrescida. Quem anda aqui pelo blog há mais tempo já aqui viu um exercício desses.
Pois o mesmo me aconteceu hoje. Um amigo fala no seu blog do último trabalho de Pedro Abrunhosa. E hoje, tal como da primeira vez que ouvi a canção, enquanto Abrunhosa cantava, eu ouvia na minha cabeça algo completamente diferente. Acho que o Júlio Magalhães tem o mesmo problema.
Para perceberem melhor do que estou a falar ouçam aqui o mais recente trabalho de Abrunhosa mas com esta letra que vos sugiro:


Aquele era o tempo em que bolsos se fechavam
E na Assembleia as palavras voavam
E eu via o salário a fugir entre os dedos
E o Urso Maior que tirou a ferros
Curso de engenharia sem ser estudante
Exames escondidos em obscuras estantes
E a UnI vazia foi tomada de assalto
E alguns pediam:”nada de sobressalto”


Quem me leva este fantasma
Quem me salva do Primeiro
Que diz que é engenheiro
Quem me leva este fantasma
Quem me leva este fantasma
Quem me salva do Primeiro
Que diz que é engenheiro


Aquele era o tempo em que vagas se abriam
Em que os “boys” entravam, enquanto outros saíam
E eu bebia uns copos para tentar esquecer
Tropeçava e caía numa rua qualquer
Para onde me vire não vejo futuro
Nem sequer à estalada ou mesmo a murro
E alguém me gritava com voz de pateta
Que o caminho se faz, depois da OTA sem cheta


Refrão

De que serve ter eleições se o destino está traçado
De que serve um Parlamento quase nunca empenhado
De que serve a oposição que de ideias está deserta
De que serve o meu talento se ninguém quer esta letra

Refrão


P.S. Este é o post n° 100. Ultrapassou em 99 as minhas expectativas!