quinta-feira, 22 de março de 2007

Autobiografia

“F¤₫@-se”, digo pela manhã
Quando me vejo ao espelho
Depois do duche, perfume e cabelo
Sempre o mesmo destrambelho

Caracóis que não se desfazem
Grisalhos cabelos se multiplicam
As borbulhas não desparecem
E as rugas que duplicam

A celulite não dá tréguas
E o reumático também não
Para ginásio e cremes
É p’ra cima de um dinheirão

Se é assim aos trinta e três
Aos quarenta nem imagino
Mas arrumar já as botas
É ideia que declino

E assim celebro este dia
Que de poesia se trata
O Nobel, está garantido
Para o ano sou candidata.

By Nitpicker

2 comentários:

Anónimo disse...

Os genes podem ser idênticos, mas o talento decerto não é... nesta fiquei de fora ou então houve falta de concentração 5 anos antes.

Estou, pura e simplesmente BOQUIABERTA. Fartei-me de rir como é óbvio porque desconhecia o talento para o poema. A-DO-REI!!

Por favor CONTINUA!!

Your fan number 1!!

Anónimo disse...

Notável! Aqui não há talento...Há TALENTOS! Muitos parabéns pelos teus dotes de poetisa! Sê feliz! Beijos.R