quarta-feira, 25 de abril de 2007

Ninguém explica o 25 de Abril


É incontornável passar o dia de hoje sem falar sobre o 25 de Abril de 1974.
Por ter nascido em 1973 não tenho experiência pessoal dos tempos que antecederam essa data.
A cada ano que passa e que reflicto sobre essa época são sempre as mesmas questões que me assolam o espírito: a liberdade e o ensino do 25 de Abril nas escolas. Por agora vou limitar-me à segunda.
Entrei para a escola primária em 1979. Para o que na altura se chamava liceu em 1983. Acabei o 12° ano em 1991. Tive 8 anos consecutivos a disciplina de história (do agora 5° ano ao 12°), sem contar com a primária. NUNCA, em qualquer um desses anos, me foi ensinado o que foi o 25 de Abril.
Não sei a quantas pessoas terá acontecido o mesmo mas palpita-me que a muitas. Quando há dias li que o Ministério da Educação assinou um protocolo que visa mudar a forma como a Revolução dos Cravos é ensinada nas escolas a minha apreensão com esta questão não diminuiu. Mudar a forma? Eu já me teria dado por satisfeita se pura e simplesmente me tivessem falado dela.
Nunca houve livros na minha casa nem jornais. Os meus pais eram politicamente desinteressados e não tive na família um tio ou avô perseguido pela PIDE. Na minha aldeia não há nem nunca houve uma biblioteca. A mais próxima fica a 8 km e só a pude frequentar a partir dos 15 anos quando fui para uma escola nas suas redondezas. Por todas estas razões eu podia apenas contar com a escola para me transmitir conhecimentos.
Tive alguns professores de história fabulosos mas incapazes de lidar com programas cuja extensão nunca lhes permitia sequer chegar a meio. É mais fácil abrir a boca de espanto quando hoje à noite se vir no Telejornal a habitual sondagem de rua aos adolescentes que não sabem o que foi a Revolução, do que apontar o dedo à escola e aos sucessivos governos que se preocupam com todos os papéis que a escola deve desempenhar mas se esquecem do básico: dar conhecimento dos factos.
Eu tinha contudo uma desculpa que não me parece que os jovens de hoje tenham. Eu não tinha como aceder à informação. Não tinha sequer computador nem imaginava que chegaria o dia em que uma coisa chamada Internet pudesse vir a existir. Por isso assumo aqui que era já bem crescidinha quando percebi o que tinha sido o 25 de Abril e como era o meu país antes desse dia.
Como se isto não bastasse também nunca me ensinaram na escola o que foi a instauração da República, a 1ª ou a 2ª Guerra Mundial. Por aquilo que a escola me ensinou a história de Portugal acabou com o ultimato inglês de 1890!


Ora dá cá um e a seguir dá outro

Cleberson, jogador de futebol do Cabofriense, clube brasileiro, foi admoestado com um cartão amarelo por ter dado um beijo na face do árbitro. Cá para mim o cartão deve-se ao facto de o beijo não ter sido acompanhado de um abracinho. São uns frios estes cabofrienses...

É hoje

Celebra-se hoje, 25 de Abril, um dia muito importante. Um dia que muitos pensariam não chegaria nunca. Por certo já terão percebido ao que me refiro. É isso mesmo: este blog comemora hoje dois meses de existência. Pensavam que era o quê?
Como não é certo que chegue ao ano de vida começo já a festejar. Agora vou ali apanhar os restos do candeeiro que se foi com a rolha da garrafa de champanhe.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Excesso de selo

Quando há dias recebi um comentário a um post que não tinha absolutamente nada a ver com o mesmo chamei a atenção do comentador pedindo-lhe que publicitasse as suas causas em espaço próprio. Não percebi na altura do que se tratava e só hoje fiquei a saber o propósito do comentário porque encontrei, noutros blogues, observações da mesma natureza.
Ao que parece os CTT resolveram criar uma campanha dando a qualquer pessoa a possibilidade de desenhar um selo. Os criadores, ávidos de publicidade, resolveram empestar blogues com a divulgação dos seus talentos. A mim faz-me sentir um bocadinho como se andassem a colar cartazes nas paredes da minha casa.Quanto aos CTT tenho uma ideia melhor: em vez de cada um poder desenhar um selo porque não cada um poder entregar uma carta. Punham a correspondência em dia ( e como ela anda atrasada!) e aqui a casinha siberiana ficava livre de publicidade não desejada.

E a resposta, camarada?

Na véspera da comemoração dos 33 anos do 25 de Abril resolvi dar uma espreitadela ao que isto (leia-se Portugal) era antes da revolução. Memórias pessoais não tenho uma vez que tinha apenas 10 meses quando aconteceu.
Na minha demanda encontrei esta pérola:



Fiquei encantada quando vi isto.
Encantada por ter nascido quando este Portugal se estava a transformar e poder viver a minha vida num país melhor do que aquele em que viveu a minha mãe.
Encantada por saber o que é um latifúndio sem ter de perguntar a um barbudo qualquer. Encantada por não ser aquela mulher que colocou a questão e que de certeza saiu de lá a saber o mesmo.
Encantada por não ter hoje à minha volta homens que se dirigem às mulheres dizendo que são “companheiras que nos vão AUXILIAR para TODA a NOSSA vida”.
Aquela mulher “libertou-se dos complexos” ( e a ver pelo resto da audiência dos lenços também) mas isso não foi suficiente para ter direito a uma definição de latifúndio. E nós, mulheres, hoje sabemos o que é um latifúndio mas ficamos sem saber o que este gajo acha que as mulheres merecem em troca. Ele assegura-nos que colonizá-las não é. Uff, que alívio!
Não sei se esta senhora ainda vive. Espero que sim e, se algum dia passar por aqui não hesite em ir até à caixa de comentários e diga-nos: já sabe o que é um latifúndio?

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Dia mundial do livro

Dardagny é uma pequena vila mas não deixa de ter a sua livraria. Neste dia era domingo e estava fechada. Mas do lado de fora estavam livros, muitos. Não havia ninguém por perto. E os livros lá continuaram. São tão certinhos os suiços.

A walk on memory lane

Acontece-nos a todos. Após umas férias o regresso à vida quotidiana não se faz sem alguma indolência. E uns salpicos de tristeza intensificada pela saudade. De volta há uma semana não será de estranhar a conclusão: quero ir de férias outra vez! Na impossibilidade de isso acontecer vou dar um passeio pelos caminhos da memória. Estão convidados a acompanhar-me.
As minhas viagens de avião sempre foram tranquilas. Mas quando comecei a viajar acompanhada instalou-se uma pitadinha de ansiedade que, desta vez, atingiu um pico um nadinha mais alto. Uma descolagem atribulada contribui para uma viagem não tão tranquila como o habitual para o que muito contribuiu a persistente pergunta da minha companheira de viagem:”o que é isto??o que é isto??isto nunca aconteceu...”. Perturbou a minha serenidade mas não a do piloto que felizmente nos fez aterrar em Genebra, quase uma hora após a hora prevista, ali a roçar a meia-noite.
A nossa anfitriã mais nova já dormia quando chegámos a casa e por isso teve de esperar pela manhã seguinte pela nos receber. Com entusiasmo diga-se. Na perspectiva dela já era “jour”. Na minha, depois de me deitar à uma e meia da manhã, era ainda madrugada!
Estes dias foram passados na “commune” de Dardagny, uma das 45 do cantão de Genebra.

Se quisermos aportuguesar podemos dizer que é uma das freguesias de Genebra.
Dardagny é uma região agrícola e sobretudo vinícola, situada junto à fronteira com a França e cercada de bosques que se estendem quase até ao sopé do monte Jura.


Dardagny ganhou em 1978 o prémio Wakker atribuído à freguesia ou organização que se notabiliza pela preservação e valorização do seu património. O seu crescimento demográfico tem sido lento ao longo dos séculos o que lhe tem permitido conservar intacta a imagem de vila do século XVIII. É uma vila de ruas estreitas e recantos e as vinhas e os cuidados que as envolvem são o seu charme. Razão pela qual é frequente encontrar quem venha de fora apenas para se passear pelas vinhas e, asseguro-vos, verdadeiras “overdoses” de ar puro.

Ao longo dos vários quilómetros que esses passeios podem ter encontramos todo um conjunto de informações relativas às videiras (sugerem que pratos estão indicados para o vinho em causa...) até informações sobre a fauna específica da região.




Continuarei nos proximos dias...


domingo, 22 de abril de 2007

Porque às vezes é preciso gritar

Não me lembro quando foi a primeira vez que ouvi falar da crise humanitária em Darfur. Mas sei que foi há vários anos. Desde esse dia até hoje nada mudou. 400,000 pessoas morreram; mais de 2 milhões foram obrigados a abandonar as suas casas vivendo desde então em campos de refugiados; mais de 3.5 milhões vivem dependentes de ajuda humanitária.
Hoje, no meu passeio blogosférico, o “de rerum natura” voltou a chamar a minha atenção para esta crise dando conta do facto de o governo sudanês rejeitar a intervenção de uma força de paz que inclua forças europeias e americanas que, acusa, pretendem criar um novo Iraque.
Desde 2003 que o governo sudanês, apoiado pelas milícias árabes “junjaweed”, combate dois grupos rebeldes não árabes, o Exército de Libertação do Sudão e o Movimento pela Justiça e Igualdade, que lutam contra a pobreza e marginalização da região. Governo e milícias destruiram aldeias, mataram, roubaram e violaram mulheres e crianças.
Esta é considerada a maior crise humanitária desde o Ruanda, em 1994. E chamam-lhe crise humanitária por falta de coragem para lhe chamar genocídio. Dias após a conclusão do acordo aprovado pelos 27 membros da União Europeia que prevê a criminalização da “negação e a banalização dos crimes de genocídio” justificar-se-ia que ao genocídio arménio pelo império otomano, ao de judeus pela Alemanha nazi e ao dos tutsis no Ruanda, se juntassem as vítimas de Darfur.
No “de rerum natura” existe um “link” para o Youtube com excertos de uma sessão da ONU onde o Sudão e os seus aliados rejeitam os resultados de um relatório sobre Darfur, atacam os seus autores e negam as atrocidades cometidas.
Neste vídeo aparece Hillel Neuer, director executivo da UN Watch, e que fiquei a conhecer há dias atrás a propósito de um outro vídeo. Aí, Neuer confronta o conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas com o seu silêncio, a sua inércia e indiferença perante a tortura, a perseguição e a violência sobre as mulheres. Acusa-o em seguida de ter apenas uma obsessão: a condenação do estado de Israel e assegurar a impunidade do Hamas e do Hezzbolah. A intervenção, de tão crítica que é, revela coragem. Quanto ao presidente do conselho, responde dizendo que pela primeira vez na sessão não irá agradecer uma intervenção por não tolerar o modo como Neuer se refere aos membros do conselho. Curioso é que nessa mesma sessão o Presidente agradeceu todas as intervenções anteriores, desde as que fizeram a apologia do terrorismo até às que insulatram peritos das Nações Unidas ou embaixadores. Pergunto: poderão as vítimas de Darfur depositar expectativas neste conselho para os Direitos Humanos?
Pela minha parte resolvi aceitar o repto lançado na blogosfera publicitando, através da imagem acima, a iniciativa”Dias globais por Darfur”, entre 23 e 30 de Abril. Que a indiferença e a banalização do terror não se apodere de nós.

Música no coração

Há quem diga que não conseguiria viver sem música. Conseguir, talvez eu conseguisse. Mas seria muito, mas mesmo muito mais penosa, mais triste, mais sombria a minha vida sem música. Para comemorar o facto de finalmente (irra!!!) ter percebido como se colocam os videos do Youtube deixo-vos com Peter Cincotti e o tema “Some kind of wonderful”. Sou grande admiradora deste pianista de jazz de quem tenho o álbum de lançamento “Peter Cincotti”, bem como o segundo, “On the moon”. Espero ansiosamente pelo lançamento (este verão??) do terceiro, intitulado “East of angel town”.


quinta-feira, 19 de abril de 2007

Sou eu que tenho o exame do Sócrates

Isto é que são notícias bombásticas. Veio parar às minhas mãos o verdadeiro exame de Inglês Técnico realizado pelo agora Primeiro Ministro. Ė de facto escandaloso, não só porque se trata apenas de uma tradução, como são dadas as explicações dos termos em inglês para que o Zezinho la chegue mais depressa. Pode parecer longo mas vale a pena. A vermelho encontram as traduções do engenheiro:

Acute angle – An acute angle is one which is less than 90° (um ângulo giro)

Archimedes Screw - enormous spiral screw (o Arquimedes está lixado, com F)

Bending moment – internal force that is induced in a structure (é o momento em que digo para...ai, já estão a começar as insinuações homo???)

Brittle – hard and breakable (o que os franceses chamam aos ingleses, mas ao contrário, para gozar com eles - Le Britt)

Concrete repair – repairing defective reinforced concrete (reparação concreta, por oposição às reparações a fingir, realizadas pela maior parte dos pedreiros)

Ductility – being capable of sustaining large plastic deformations without fracture (a utilidade dos patos)

Face nail – To install nails into the vertical (encarar o prego de frente)

Facing brick – brick used and exposed on the outside of a wall (encarar o tijolo de frente)

Ferrule - Metal tubes used to keep roof gutters "open" (movimento de apoio a Ferro Rodrigues abreviando “Ferro Rules”)

Finger joint - process of interlocking two shorter pieces of wood end to end (um charro bem enroladinho com os dedos)

Fire stop - tight closure of a concealed space, placed to prevent the spread of fire (método utilizado por António Costa na época dos fogos, proferindo a frase vezes sem conta, encerrado no seu gabinete)

Fishplate – wood piece to fasten the ends of two members together at a butt joint with nails or bolts (prato de peixe)

Fish tape - long strip of spring steel used for fishing cables (é uma cassette fixe)

Flatwork - concrete floors, driveways, basements, and sidewalks (é quando as senhoras fazem operações de redução do peito)

Interior finish- Material used to cover the interior framed areas of walls and ceilings (o que está a acontecer a Portugal com a desertificaçaodo interior)

Latch- A beveled metal tongue operated by a spring-loaded knob or lever ( “let’s” pronunciado por um cidadao do norte do país)

Louver- A vented opening into the home that has a series of horizontal slats and arranged to permit ventilation (esta sei, esta sei, é aquele museu em França de que se fala no “Código de Da Vinci)

Mantel- The shelf above a fireplace opening (homem gabarola que conta as suas aventuras sexuais – man tell)

Millwork- Generally all building materials made of finished wood and manufactured in millwork plants. (mil trabalhos, mais 898 que o Hércules)

Miter joint- The joint of two pieces at an angle that bisects the joining angle (quando se quer avisar que temos uns charrinhos – me ter joint)

Milar - Plastic, transparent copies of a blueprint ( o meu lar )

Parapet- A wall placed at the edge of a roof to prevent people from falling off (parapeito pronunciado por Sousa Cintra)

Penalty clause - A provision in a contract that provides for a reduction in the amount (uma espécie de “Santa Claus” do futebol, defensor do Benfica, que arranja assim uns penalties onde mais ninguém os vê)

Pigment- A powdered solid used in paint to give it a color. ( porco que mente)

Primer- The first coat of paint (primeiro, pronunciado por Sousa Cintra)

Putty- A type of dough used in sealing glass in the sash (nome carinhoso como trato Vladimir Putine)

Rebar-Ribbed steel bars installed in foundation concrete walls ( sair do bar e voltar outra vez)

R factor - A measure of a materials resistance to the passage of heat. (esta não sei mesmo porque em Portugual só conhecemos o factor C)

Romex- A name brand of nonmetallic sheathed electrical cable ( o que esta escrito no relógio que me ofereceram pelos anos)

Rough opening- The horizontal and vertical measurement of a window or door (entrada dificil, ai a piada homo outra vez… ver acima, bending moment)

Run, roof - The horizontal distance from the eaves to a point directly under the ridge. (telhados que fogem durante tempestades)

Run, stair- the horizontal distance of a stair tread from the nose to the riser. (descer as escadas a correr)

Shim- A small piece of scrap lumber or shingle, usually wedge shaped (não é nem gaja –she- nem gajo – him)

Slope- The incline angle of a roof surface (abreviatura para Santana Lopes)

Sonotube- Round, large cardboard tubes designed to hold wet concrete in place until it hardens. (modo como me deslocava em Londres antes de ser Primeiro Ministro - só no tube)

Spec home- A house built before it is sold. (abreviatura para homem espectacular)

Starter strip- Asphalt roofing applied at the eaves that provides protection (primeira stripper a despir-se)

Stair landing- A platform between flights of stairs or at the termination of a flight of stairs. (forma como aterramos quando caímos pelas escadas abaixo)

Terra cotta- A ceramic material molded into masonry units (uma terra já um bocado velha)

Title- Evidence of a person's legal right to ownership of a property (aquilo que estou a tentar conseguir com esta porcaria deste exame)

Trap- A plumbing fitting that holds water to prevent air, gas, and vermin from backing up into a fixture. (abreviatura de Trappatoni)

Turnkey- A term used when the subcontractor provides all materials for a job. (vira a chave)

Weep holes- Small holes in storm window frames that allow moisture to escape ( buraco onde nos escondemos quando queremos chorar)


NOTA: os termos utilizados em inglês foram retirados de um site sobre construção civil e não inventados.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

O Soares Franco pede-me que eu vá de férias

Quando saí de Portugal para umas férias a notícia dominante era a trapalhada à volta da licenciatura de José Sócrates. Quando cheguei a Portugal na comunicação social continua-se a tentar entender o processo da licenciatura de José Sócrates. Que país interessante este.
Mas nem tudo são notícias monótonas: quando saí o Sporting estava em terceiro lugar no campeonato. Quando voltei estava em segundo. Tivesse eu mais umas semanas de férias e não haveria festa na Avenida dos Aliados...

not that i'm counting...

Ontem à noite este blog atingiu a meta das 100 visitas (desde que tem contador). Ultrapassou em 97 as minhas expectativas!

No comments


terça-feira, 17 de abril de 2007

Eu fico assim sem vocês

Após um longo período sem férias, finalmente chegaram. 9 dias de paz, família e muito sol com as montanhas de neve em pano de fundo. 9 dias intensos. E uma despedida ainda mais intensa. É pedra de toque da minha vida culminar os bons momentos a dizer “até um dia”.
Hoje não me apetecia postar. Ainda não me apetece postar. Estou de ressaca ainda. Ressaca de emoções. Destas percebo eu.
Só saem frases curtas. Cada frase que escrevo é interrompida pelo limpar das lágrimas. As férias foram boas. Muito boas. Mas ela ficou a chorar no aeroporto. A chorar muito. Ela diz que está triste porque a titi e a vóvó foram embora. E quer que a casa da titi e da vóvó fique ao pé da casa dela. Se eu que tenho 33 anos ainda não percebo porque a vida afasta para longe aqueles de quem gosto, como pode ela, que ainda nem chegou aos 4 anos, perceber?
Como pode ela perceber que depois de uma intensa semana de brincar às escondidas, a fugir ao dragão e a passear o Luminu agora tenha de esperar alguns meses para poder repetir as brincadeiras? E os “piquininos ovinhos” de chocolate que todos os dias pareciam cair das árvores em vez das pinhas? E como explicar-lhe que não há no mundo webcam que consiga satisfazer a sua vontade: dar-me a mão?
Um intenso e caloroso abraço para todos aqueles que a vida levou para longe de mim. Deixo-vos com a letra da canção de Adriana Calcanhoto que aqui na família é conhecida como a “canção da titi”. Agora, se não se importam, vou ali para um canto chorar mais um bocadinho.

Avião sem asa, fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola,
Piu-piu sem Frajola
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim

Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço,
Namoro sem amasso
Sou eu assim sem você

Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas
Pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo

Por quê? Por quê?

Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero em todo o instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Easter(n) holidays

A partir de amanhã vou estar aqui a gozar umas muito merecidas e ansiadas férias. Para todos uma Páscoa Feliz.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Celebremos a diferença

Contra o monopólio do ovo de chocolate, permitam-me que vos deseje desta forma uma Páscoa Feliz!


Um cartaz para mim, um cartaz para ti...

Quando seria de esperar que o assunto “cartaz do PNR” já estivesse adormecido, eis que os inconfundíveis “Gato Fedorento” resolvem dar resposta, colocando na (fustigada) rotunda do Marquês de Pombal este cartaz:



Como deixam bem claro, a expensas suas (havia de ser de quem?) e “enquanto cidadãos” resolveram os quatro elementos marcar uma posição defendendo ideia oposta salpicada de humor. Para isso colocaram o seu cartaz ao lado deste:



Então e se agora todos os cidadãos quiserem marcar a sua posição colocando cartazes na rotunda do marquês? Que critério decidirá quem pode ou não? E até um limite de quantos cartazes? Até não haver mais espaço?
Sou admiradora dos “Gato” (já não posso dizer o mesmo do sr. Pinto Coelho), mas como dizia uma das personagens daquele que é a grande inspiração deste quarteto, “não havia necessidade”.
Não pretendo reclamar aqui o meu direito a um cartaz. Mas lá que o tenho, tenho. O direito e o cartaz. Mas vou limitar-me a deixá-lo por aqui porque até ao marquês é uma carrada de quilómetros.



quarta-feira, 4 de abril de 2007

Se o Will Farrell tivesse um cartoon











Dito ou de facto?

“É o discurso de alguém que ama, admira e se encanta com as mulheres, com o físico delas, com o rosto, com o olhar e com a poética que rodeia o dito sexo oposto.”

Estas são palavras de Manuel S. Fonseca, da editoraGuerra &Paz”, a propósito do livroPorque gostamos das mulheres” do escritor romeno Mircea Cartarescu, no último número da revistaOs meus livros”. Detive-me no “ditosexo oposto. Dito? Então mas diz-se que é e não é? É isso? Tem uma pessoa que passar dos trinta para descobrir uma coisa destas!

terça-feira, 3 de abril de 2007

Dinheiro bem gasto

Ontem fui às compras com um objectivo: adquirir este CD. Eu já desconfiava que era bom. Agora tenho a certeza que é. Muito bom. Mesmo muito bom.

Traje domingueiro


Já aqui mencionei este blog e não quero preencher o meu com o mérito alheio, mas quando vi esta montagem não resisti. Aqui temos Simãozinho numa versão “Manuela Ferreira Leite vai à bola”.

Desperate fan



Que o panorama televisivo se vem degradando de ano para ano parece incontestável. Mas este facto comum aos canais privados como a SIC e a TVI não deve ser alargado à TV Cabo que me parece ter uma excelente oferta para o apreciador de boa televisão. Sobretudo para os subscritores do pacote “Funtastic Life”. Vem isto a propósito da estreia ontem, na Fox, da 3ª temporada de “Desperate housewives”.
Os últimos anos têm sido pródigos na produção televisiva nos EUA muito por culpa da imensa qualidade da HBO que elevou muito alta a fasquia. Só para citar alguns exemplos, e reduzindo a lista aos que já vi, foi esta a cadeia de televisão de onde saiu “Sex and the city”, “Six feet under”, “Sopranos”, “Curb your enthusiasm”, a maravilhosa “Rome” ou ainda esse “laboratório “chamado “Da Ali G Show”. Outras cadeias terão percebido o filão das boas séries e resolveram investir no talento de alguns criadores. Foi o caso da ABC que, após a recusa da mesma HBO (grande erro), da NBC, da FOX e da CBS, resolveu apostar em Marc Cherry e nas suas “Desperate housewives”. Pertencem ainda à ABC séries como a já aqui mencionada “Grey’s anatomy” e “Lost”.
Mas é das donas de casa que hoje quero falar. A SIC já havia estreado a 3ª temporada há dias atrás mas o horário é proibitivo para quem tem responsabilidades profissionais no dia seguinte. Esperei então pelo dia de ontem para poder ver na FOX. Como é apanágio da TV Cabo, a série repete no dia seguinte, neste caso às 19h55m, um horário jeitozinho. Devido ao cansaço ainda ponderei adiar a curiosidade para hoje. Ainda bem que não o fiz.
Depois de uma 1ª temporada que agarrou todos ao ecrã, a 2ª foi, como diriam os Gatos, fraquinha. Daí a minha expectativa. E o que hoje posso dizer é que se toda a 3ª temporada estiver à altura do episódio de ontem, vou ter de marcar na agenda todas as segundas feiras às 22h15m.
Estavam lá todos os ingredientes que fazem o sucesso da série: argumento escorreito, comédia acutilante e intriga qb. Exemplos? Quando Lynette quer que Tom peça a Nora para sair da foto de Natal da família e Tom lhe diz que não sabe como o fazer, Lynette responde assim:

-Try “ you’re on the frame, bitch! Move!

Isto logo nos primeiros minutos.
Não menos brilhante a cena de Gabrielle com a empregada chinesa que é igualmente “barriga de aluguer”. Não só pela surpreendente inversão de papéis (Gabi a servir Xiao Mei enquanto esta está na cama) como pela tirada de Gabi quando a empregada a acusa de não cumprir o prometido:

Xiao Mei: “But you promise to get me appartment in Chinatown so i can work for my friend in restaurant to start a new life”
Gabi: “Tell it to my Chinese friend: Soo Mi (sue me)

E depois, claro, há Susan Mayer. Só ela podia tornar hilariante uma cena de hospital na presença de alguém em coma há uma eternidade. Repetitivo mesmo só a eterna propensão de Bree para se envolver com lunáticos ( e só mesmo ela para ficar em absoluto êxtase com uma lição de limpeza...).
Por respeito àqueles que conheço que ainda não viram sequer a 2ª temporada vou tentar abster-me de certos “spoilers”. Agora, que isto promete, promete!
Boas gargalhadas para todos.

Descubra as diferenças


domingo, 1 de abril de 2007

Anatomia de um jornal


É habitual a programação televisiva constar dos jornais portugueses destacando um ou outro programa e acompanhando-o de um texto descritivo do seu conteúdo. Pode ser a síntese de um filme, de um documentário ou de uma série.
No caso do jornal
“Público” essa informação consta do novo caderno P2. Se é verdade que essa informação habitualmente me passa ao lado hoje chamou-me a atenção porque era dado destaque à série “Anatomia de Grey” da qual sou admiradora e que acompanho no canal Fox Life. Na TV Cabo estamos neste momento na 3ª temporada e a minha curiosidade ao ler o destaque era saber em que parte da 2ª temporada estava a RTP, onde a série pode ser vista aos domingos.
Passo a citar a síntese do episódio de hoje tal como está no
“Publico”:

“Meredith tenta evitar os Shepherds e Cristina e Burke saem juntos. Derek pede a Meredith para não o ignorar até que Addison apareça. Uma pessoa torna-se paciente de George e fica muito surpreendida. Entretanto, os pacientes de Meredith não param de falar de monogamia.”

Para quem não é admirador da série talvez seja difícil compreender a bizarria desta síntese. Se quiser pode parar por aqui...Para quem é talvez concorde comigo.
Quando li isto, eu que já vi toda a 2ª temporada, não consegui identificar o episódio. Por isso dei-me ao trabalho de às 17h30m estar em frente ao televisor com vista a descobrir. E o que se passou de mais significativo neste episódio? Exemplos: Addison recebeu a visita de uma amiga que quer ser mastectomizada porque sofre de uma mutação genética que a predispõe para o cancro; George encarrega-se de um paciente que sobreviveu à queda de um quinto andar; Miranda revela a Weber a sua gravidez. Isto assim sem entrar muito em detalhes.
E detalhes não é o que se pede numa página sobre programação onde há vários destaques. Mas ao menos que a pessoa responsável pela redacção destes textos veja os programas sobre os quais escreve ou então procure os resumos na net, assim à laia de estudante cábula.É feio à mesma mas o resultado sai um nadinha melhor.
E já agora a frase “uma pessoa torna-se paciente de George e fica muito surpreendida” é só rídicula. Surpreendente seria se essa pessoa se tornasse paciente do Dr. Finn* (McVet). Mas nem tudo são absurdos. Quando se diz que “Cristina e Burke saem juntos” compreende-se o destaque dado uma vez que esses dois até este episódio já tinham feito de tudo, menos sair juntos.
Peço portanto um pouco mais de cuidado quando se fala desta brilhante série, recente vencedora do Globo de Ouro para melhor série dramática. É que isto não é o mesmo que o “General Hospital”**...



* o veterinário na série, interpretado por
Chris O’Donnell;
** a “soap opera” americana há mais tempo no ar: desde 1963!!!

O seu a seu dono

Uma das questões que sempre me intrigou na blogosfera é a protecção dos direitos de autor. Com os bloguistas que se lêem uns aos outros como ter a certeza de onde saiu a ideia original?
No que aos computadores e internet diz respeito sempre fui autodidacta. A primeira vez que me servi de um PC foi para redigir um trabalho e limitei-me a usar o Word. As explicações deu-as uma amiga:”aqui é para sublinhar, aqui é para escolheres a letra...”, tudo um pouco na onda “ vai fazendo clique e descobrindo”. O mesmo se passou com este blog: avançando nos passos até chegar à conclusão final, estando sempre pouco certa qual seria.
Uma das preocupações que me assolou o espírito logo de início foi como nos poderemos, todos, proteger do plágio, na blogosfera. Não acredito que alguma vez venha a ter problemas dessa natureza uma vez que até agora não me ocorreu nada de muito brilhante para dizer. Mas a regra número um deste espaço é que aqui não se escreve nada que não seja meu sem citar a sua origem.
Este desabafo ocorre hoje por uma razão. Como já aqui disse sou leitora de blogs há vários anos e alguns deles são de leitura diária.
Entre esses blogs encontra-se o “Alcómicos Anónimos”, blog onde a comédia impera. Pela sua natureza os “posts” nunca são muito longos e há piadas que ficam na memória. Passo a transcrever a que hoje suscita este meu post:

“Pedro Proença, de Lisboa, adepto do Benfica desde pequenino e ex-atleta dos escalões jovens dos encarnados foi o árbitro escolhido para o próximo Benfica-FC Porto. Esta notícia estava no MaisFutebol, mas como este é que é um sítio de comédia, aqui fica melhor.”

Este post foi publicado a 27 de Março de 2007.
Para além da leitura de blogs também leio jornais. Um deles é o "Público" que hoje, como todos os domingos, comprei. Depois da renovação o "Público" criou um espaço no caderno P2 chamado “Blogues em papel” onde destaca o que por aí se diz na blogosfera sobre determinado tema. Hoje, inevitavelmente, o tema é o jogo para a Liga portuguesa entre duas equipas cujo nome não recordo (coisas de sportinguista...).Nesse espaço aparece citado um blog: www.pedrof.blogspot.com, com o seguinte comentário em relação ao jogo:

“Pedro Proença, de Lisboa, adepto do Benfica desde pequenino e ex-atleta dos escalões jovens dos encarnados foi o árbitro escolhido para o próximo Benfica-FC Porto.Esta notícia estava no MaisFutebol, mas como este é que é um sítio de comédia, aqui fica melhor.”

Não vamos fazer aqui um "descubra as diferenças" porque as não encontramos. Como eu me lembrava de já ter lido isto nos AA vim fazer a minha pesquisa e tendo visto que os AA postaram a 27 de Março e o senhor “pedrof” a 30, as conlusões não serão difíceis de tirar. O autor do “post” nos AA é RSC (de Rui Sinel de Cordes) e no blog “pedrof”quem postou a piada foi Pedro Fonseca. A não ser, claro, que Rui Sinel de Cordes seja o nome artístico do senhor Pedro Fonseca. Se não fôr este o caso, o mínimo que se pede é que ao citarem outros que assumam ou façam “link” para o original. É que ainda por cima acabam citados num jornal de referência à custa do mérito alheio.
Se estou a ofender Pedro Fonseca, desde já apresento o meu pedido de desculpas. Se a acusação que faço é verdadeira o pedido terá de vir de outro lado. E eu não tomo as dores dos AA até porque não os conheço de lado nenhum e eles não precisarão de quem os defenda. Mas o seu a seu dono.

sexta-feira, 30 de março de 2007

Blogs que valem a pena


Acabei de descobrir este blog. As montagens são do melhor que já vi. Deixo-vos uma das minhas preferidas.

Partir a Louçã

A notícia é de ontem e é mais uma daquelas que se empolou mas não resisto ao comentário. Falo do cartaz do PNR especado ali para os lados da rotunda do Marquês.
É xenófobo? É! É racista? É! Deram-lhe mais importância do que merecia? Deram! Os jornais e as televisões fizeram mais pelo PNR ontem do que o PNR alguma vez fez por si próprio. Saiu-lhe melhor do que a encomenda.
É ilícito? A Procuradoria Geral da República diz que não. Porque haveria de ser? Trata-se de um partido(zinho) político reconhecido por lei a defender algo em que acredita. Aquilo em que acredita é reprovável? Para mim é, mas também o são muitas das ideias defendidas pelo Bloco de Esquerda.
Imaginemos um cenário: daqui a uns anos, no âmbito de um referendo sobre o casamento entre homossexuais, o BE cria um daqueles criativos cartazes que os caracterizam a defender o SIM e coloca-o lá para os lados da rotunda do Marquês. Sururu por causa disso? Não me parece. Alguém duvida que muitos portugueses se sentirão chocados perante tal cenário? Eu não. E sinto-me à vontade para fazer esta comparação porque se esse referendo se chegar a realizar provavelmente votarei sim.
O problema é que Portugal é condescendente com a esquerda permitindo-lhe sair impune qualquer que seja o dislate. Já quem se situa à direita limita-se a eleger ditadores para Grande Português de todos os tempos porque assim se pode escudar atrás de um voto telefónico anónimo.
Esta história avivou na minha memória uma notícia que li não há muito tempo sobre uma bailarina inglesa, Simone Clarke, do English National Ballet, que se veio a saber ser membro do British National Party, em virtude de um jornalista do The Guardian se ter infiltrado neste partido. Daqui até à exigência de afastamento da bailarina foi um passo, já para não falar na tentativa de interrupção de um espectáculo no qual participava. Este episódio é tanto mais invulgar quanto parece ser de bom tom ser artista e ser de esquerda. Será requisito obrigatório? Ou a criatividade está tolhida à direita?
A razão que determinou que eu acabasse por postar sobre este assunto prende-se um pouco com a minha visita hoje pela blogosfera. Um dos blogs que visito com frequência é o
Arrastão, do Daniel Oliveira. Quando abri o blog levo com esta foto de Nicolas Sarkozy. Alguém acredita que é inocente a escolha desta fotografia? Ou sou só eu que vejo maldade na sua associação à saudação nazi? Dirão que a culpa é de quem fez a foto, mas a sua utilização diz muito sobre quem a postou. Mas a esquerda pode. Pode até chamar nazi áquele que muito provavelmente (espero eu) virá a ser o próximo Presidente da República Francesa.
Em jeito de conclusão acho reprováveis as ideias do PNR assim como acho reprovável a dualidade de critérios quando se trata de avaliar as ideias defendidas à esquerda e à direita.

Lisboa, Março de 2007, num centro de exames neurológicos

- Bom dia, será possível realizar aqui este exame?
-É sim, mas não fazemos marcações pessoalmente.* Só por telefone ou fax. Por fax pode marcar quando quiser, por telefone só pode ligar dia 14 de Abril.
-E quanto tempo medeia entre a data da marcação do exame e a realização propriamente dita?
-Neste momento estamos a fazer marcações para fins de Agosto, princípios de Setembro.
- E o exame é comparticipado?
- É sim, são 12€ (e uns cêntimos, já não me lembro).
- Então e se não for com a comparticipação?
- São 130€ e pode fazer para a semana!

Este post era para se chamar “porque é que parte do meu salário vai para a segurança social???”, mas a resposta veio logo a seguir: PORQUE ME OBRIGAM!!! Porque se não o fizer estou a cometer um acto ilícito!!!

* uma pessoa aqui ainda pondera pegar no telemóvel e ligar dali mesmo, até que ouve o resto da história...

quinta-feira, 29 de março de 2007

Vrumm, vrumm, ti-nó-ni, ti-nó-ni

Acabo de ouvir na SIC Notícias as declarações do director do rali de Portugal, Pedro Almeida, a propósito do acidente de hoje. Depois de um discurso até aí acertado, a pérola. Primeiro chamou-lhe “curiosidade”. A quê? Ao facto de nenhum dos acidentados ser de nacionalidade portuguesa. Depois arrematou: “pelo menos esta é uma boa notícia”.Ai é? Certamente não para as vítimas e suas famílias! Ou devemos concluir que os acidentes é chato e tal, mas ao menos que não se atinjam os nativos?
Já estou a ver a organização a recrutar brasileiros e ucranianos para os colocar nas curvas perigosas do rali, mesmo ali a jeito e à frente a servir de barreira à espécie protegida que é o tuga amante do desporto motorizado!

É já ali, é já ali


Na passada segunda feira, no novo programa da RTP intitulado “Portugal, um retrato social”, da autoria de António Barreto, uma senhora, Rosa de seu nome, partilhou connosco a história do difícil parto de um filho que, por falta de assistência, acabou por morrer. Foi um parto doméstico, como eram quase todos no Portugal de há 40 anos atrás. Procuraram assistência médica mas esta encontrava-se a duas horas de distância e a senhora foi transportada de carroça.
Nas últimas semanas, se não me engano, foram 3 os casos de bébés que nasceram em locais inusitados (o caso de hoje numa garagem). Não sei se estas situações estarão relacionadas com o plano de encerramento de maternidades do engenheiro( quero lá saber se é ou não...). O que parece certo é que Portugal mudou muito. Mas há coisas que mudam mais que outras!
Os burros são os mesmos, a carroça é que é diferente!

quarta-feira, 28 de março de 2007

E o tempo, aí em cima?


Depois de um anúncio a nível mundial e minuciosa selecção, o homem mais alto do mundo (2.36m), o chinês Bao Xishun, casou. A felizarda é uma jovem mulher, Xia Shujian, com menos 25 anos e metade do seu tamanho.A notícia aparece um pouco por todo o lado como se fosse ele o sortudo. Lamento mas discordo. Afinal esta mulher é que arranjou finalmente alguém que lhe tire as teias de aranha...do tecto!!!

Say teeeeeth

Um dos meus passatempos preferidos é andar a passear pela imprensa internacional. No meio daquelas notícias que constam em tudo quanto é jornal ou canal de televisão há sempre aquelas que, de tão inusitadas, nos chamam a atenção. A de hoje figura no site da CNN. Vem em forma de vídeo e relata a luta de um cidadão de Waterville, Maine, contra um rato. Até aqui nada de extraordinário.
Exasperado com o constante chiar do seu inimigo, resolveu apanhá-lo através de uma espécie de gaiola para se assegurar que não morreria. Colocou-o depois num frasco (“pickle jar”). No dia seguinte não estava lá.
E sabem o que também não estava em cima da mesa de cabeceira deste senhor? A sua dentadura. Um rato vingativo!
Acreditariam se ouvissem isto? Pois eu também não, até ouvir o resto da história.
Bill (desculpem mas não percebi o apelido) continuou na sua perseguição e depois de distribuir pela casa umas quantas ratoeiras investigou atrás de um aquecedor a aí encontrou um buraco de cerca de um metro de profundidade onde estavam...os seus dentes!
Moral da história: não menosprezem os vossos inimigos só porque são pequeninos!
Quanto a mim, bem, posso finalmente ter desvendado o mistério daqueles brincos que desapareceram em casa da minha avó em 1987!

sábado, 24 de março de 2007

"Four" Stijnen, with love


Cada um tem o que merece

Cristiano Ronaldo marca dois a Stijnen. Um por cada tíbia!

sexta-feira, 23 de março de 2007

Trivelas podem lixar tíbias

Toda esta confusão gerada à volta da selecção belga de futebol deixa-me boquiaberta porque pensei que os ingleses tinham o esclusivo da grunhice. Que Stijn Stijnen disse o que por aí se ouve parece inquestionável. O próprio não o negou mas defendeu-se dizendo que tinha sido mal interpretado. A frase parece que foi esta: “Cassons Cristiano Ronaldo après deux minutes afin qu'il quitte le terrain". Que outra interpretação se pode fazer disto? Segundo Stijnen o que ele fez foi uma tão só uma referência qualquer às tíbias alheias!
O comentário do guarda-redes belga é condenável e num desporto já de si envolto em tanta picardia mais uma não era necessária. O jogador escudou-se na esperança de em Portugal ninguém ler jornais belgas, ainda por cima flamengos.
Por razões familiares tenho a melhor opinião da Bélgica e dos belgas. Assim como o murro de João Pinto ao árbitro Angel Sanchez não reflecte o comportamento português também a má-educação deste jogador não deve ser generalizada a todos os belgas. Tem havido muito exagero no tratamento desta notícia e não tarda já estamos a falar de incidente diplomático!
Os jogadores portugueses mostram-se tranquilos. A única dúvida que assalta as suas mentes parece ser esta: “Mas o que raio é uma tíbia?”

You go girl!

Ontem, numa daquelas notícias discretas relegadas para segundo plano, o Público dava conta do facto de a tenista Michelle Brito ter batido Meghann Shaughnessy no Open de Miami. Hoje, para grande satisfação minha, é capa do mesmo jornal.
Desde muito cedo comecei a ver ténis na televisão . Não percebia nada das regras nem tinha quem mas explicasse. Como enciclopédias era coisa que não havia cá em casa lembro-me de ter tido acesso a uma em casa alheia e copiei para uma folha o desenho do « court » acompanhada de todas as explicações.
Remontam a essa altura os duelos que recordo de Martina Navratilova vs Chriss Everett e jogadores como John McEnroe (cujo estilo irascível nunca apreciei), Mats Vilander, Stefan Edberg e Ivan Lendl, por exemplo. E depois desses Steffi Graf, Boris Becker, Pete Sampras. Nos dias de hoje aprecio muito James Blake (vá lá , os fans não podem ser todos do Federer…) e, nas senhoras, Justine Henin-Hardenne.
Agrada-me muito o destaque dado hoje ao feito de Michelle Brito num país que parece só gostar de futebol.
Michelle tem apenas 14 anos e participa neste torneio porque lhe foi atribuído um « wild card » (convite). É filha de pai português, está radicada nos EUA e recebeu uma bolsa da Academia de Nick Bollettieri (treinador que lançou Agassi, por exemplo, Seles ou Sharapova). O feito de ontem é ainda mais notável porque Meghann Shaughnessy é actualmente 43ª no ranking mundial (já foi 11ª em 2001 e em 2003 chegou aos quartos de final no Open da Austrália).
Hoje Michelle irá defrontar Daniela Hantuchova, 12ª do ranking e a mais recente vencedora do torneio de Indian Wells.
Que nos próximos anos Michelle me dê mais motivos para ver ténis !

quinta-feira, 22 de março de 2007

Grande canhestro


Nos últimos dias um pouco por toda a imprensa americana se tem antecipado a abertura ao público, no próximo dia 28, do Skywalk no Grand Canyon. Este desfiladeiro nos Estados Unidos da América, situado no estado do Arizona, constitui uma daquelas viagens de sonho que alimentei ao longo da vida.
Este estafermo paisagístico ou aborto da engenharia, como preferirem chamar-lhe, é uma construção em vidro em forma de ferradura (coisa que o autor da ideia deve usar em vez de sapatos!) que pretende ser um miradouro a 1,300 metros de altitude acima do rio Colorado.
Pouco me importa que suporte ventos de não sei quantos kilómetros e múltiplas direcções ou esteja preparado para resistir a um terramoto de magnitude 8.0. Caso me veja atingida por qualquer uma destas catástrofes naturais não me parece que fuja para lá.
Este atentado é a violação de um tesouro.

10 anos de blogosfera

Ouvi hoje na RTP-N que a blogosfera comemora 10 anos de existência. Calculo que este aniversário seja a nivel internacional pois no foro doméstico o fenómeno parece remontar a 1999/2000.
O meu primeiro contacto com a blogosfera deu-se com o (infelizmente) extinto
Coluna Infame, da autoria de Pedro Mexia, Pedro Lomba e João Pereira Coutinho. Na altura eu não desconfiava sequer o que era um blog mas conhecia este trio das páginas do Independente que lia avidamente todas as sextas feiras. Lamentavelmente descobri a Coluna na precisa altura em que se aproximava o seu desfecho na sequência da querela com Daniel Oliveira, à altura instalado no Blog de esquerda.
Desde esse primeiro encontro os blogs passaram a fazer parte da minha rotina diária na procura de uma informação mais variada e livre das amarras editoriais.
Ao contrário dos que aventam o fim dos jornais tal como os conhecemos até hoje, acredito que a imprensa em papel terá sempre um lugar insubstituível enquanto veiculador de informação, se exceptuarmos o mais recente caso de hara-kiri jornalístico em Portugal(
Público). A importância que os blogs adquiriram enquanto veículos de transmissão de informação parece ter levado alguns decisores editoriais a tirar conclusões precipitadas e a crer que, quer na forma quer no conteúdo, os jornais se deveriam assemelhar aos blogs. Parece ser esse o caso dos reestruturados Público e Visão. Pela parte que me toca é bom que revejam essa decisão. Não creio que os leitores procurem num blog (o post rápido, curto, sucinto) o mesmo que procuram num jornal (a grande reportagem, a profundidade de análise). Há espaço para todos.
Deixo-vos aqui o meu top ten de blogs preferidos entre os permanentes 48 que fazem parte da minha lista de favoritos. A ordem é aleatória:

http://www.origemdasespecies.blogspot.com/
http://www.abrupto.blogspot.com/
http://www.bomba-inteligente.blogspot.com/
http://estadocivil.blogspot.com/
http://www.rititi.com/
http://daliteratura.blogspot.com/
http://gloriafacil.blogspot.com/
http://pif-paf.blogspot.com/
http://31daarmada.blogs.sapo.pt/
http://revista-atlantico.blogspot.com/






Autobiografia

“F¤₫@-se”, digo pela manhã
Quando me vejo ao espelho
Depois do duche, perfume e cabelo
Sempre o mesmo destrambelho

Caracóis que não se desfazem
Grisalhos cabelos se multiplicam
As borbulhas não desparecem
E as rugas que duplicam

A celulite não dá tréguas
E o reumático também não
Para ginásio e cremes
É p’ra cima de um dinheirão

Se é assim aos trinta e três
Aos quarenta nem imagino
Mas arrumar já as botas
É ideia que declino

E assim celebro este dia
Que de poesia se trata
O Nobel, está garantido
Para o ano sou candidata.

By Nitpicker

quarta-feira, 21 de março de 2007

Pablo Neruda

Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.
Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.

Oh Dorothy, se ao menos a Florbela Espanca te tivesse lido

Résumé

Razors pain you;
Rivers are damp;
Acids stain you;
And drugs cause cramp.
Guns aren't lawful;
Nooses give;
Gas smells awful;
You might as well live.

Dorothy Parker

Into love, and out again,
Thus I went, and thus I go.
Spare your voice, and hold your pen
Well and bitterly I know
All the songs were ever sung,
All the words were ever said;
Could it be, when I was young,
Some one dropped me on my head?

Praia de S. Sebastião


O fim da Miss Piggy

Até onde vai a nossa liberdade de expressão e em que medida pode ser tolhida pelo politicamente correcto? Várias vezes fiz esta pergunta quando estalou a polémica dos “cartoons” no jornal dinamarquês Jyllands-Posten sobre Maomé.
Quando eu pensava que o assunto estaria adormecido leio no Daily Mail do passado dia 15 uma notícia que me deixou entorpecida. Lê-se que os organizadores de um festival musical de uma escola em Huddersfield, West Yorkshire, alteraram o nome da história “Three Little Pigs” (“Os Três Porquinhos”) para “Three Little Puppies” devido à natureza multicultural das crianças participantes e dos pais presentes na plateia.
O cúmulo do politicamente correcto ou o fim definitivo do bom senso? O que virá a seguir? A reedição de “O triunfo dos Porcos” de George Orwell, substituindo Napoleão e seus acólitos quem sabe por uns inofensivos gatinhos? E
Peyo ver-se-á obrigado a pintar estrunfes de outra cor para não ofender o “menino azul”?
Quanto a Pinóquio, conseguirá ele escapar à fúria dos madeireiros que não mais permitem que se associe o seu material de trabalho a um boneco mentiroso? O presidente da Associação dos Industriais de Madeira e Mobiliário, defensor da cartilha do politicamente correcto, já disse mesmo:” «Não vale a pena olharem para ele, basta verem o boneco», disse, para defender: «É isto que é preciso destruir»*
Se a tendência alastra da literatura para a publicidade não faltará muito para vermos a comunidade indiana a protestar solicitando a poibição dos triangulares queijinhos da marca “La vache qui rit”.

* esta frase foi de facto proferida pelo presidente da AIMMP mas a propósito de um esquema com as várias entidades que intervêm no processo da gestão das florestas.
Aqui

Alexandre O'Neill

Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso

De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta,
que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
«Amigo» (recordam-se, vocês aí,

Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido,

explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,

Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!

Sophia de Mello Breyner

Porque hoje é de poesia que se trata:

Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua

Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.

Dia Mundial da Poesia

Lamento ser em inglês, mas gosto tanto deste poema e acho-o tão apropriado ao dia de hoje que não resisto. É de Oliver Wendell Holmes e chama-se “Cacoethes Scribendi”, expressão latina que significa “fúria para escrever”.

If all the trees in all the woods were men;

And each and every blade of grass a pen;
If every leaf on every shrub and tree
Turned to a sheet of foolscap; every sea
Were changed to ink, and all earth's living tribes
Had nothing else to do but act as scribes,
And for ten thousand ages, day and night,
The human race should write, and write, and write,
Till all the pens and paper were used up,
And the huge inkstand was an empty cup,
Still would the scribblers clustered round its brink
Call for more pens, more paper, and more ink.

domingo, 18 de março de 2007

Nem é preciso bicos de pé

“Disscordo absolutamente! Não perceberam? Discordo absolutamente!”. Estas foram palavras proferidas por Manuela Ferreira Leite ontem, no Conselho Nacional do PSD, a respeito da proposta de baixa de impostos de Marques Mendes.
É pena que Manuela Ferreira Leite não tenha sido tão peremptória, determinada e corajosa quando Marques Mendes anunciou a sua candidatura à liderança do partido. Tivesse Manuela avançado sem receio de ir a jogo com um amigo de longa data e o PSD não estaria no pântano em que hoje se encontra.

sábado, 17 de março de 2007

É giro e apitou bem

Gosto muito de futebol mas vejo cada vez menos. Não vi o jogo desta noite entre o F.C.Porto e o meu Sporting. Para ver algumas imagens do jogo liguei a televisão, sintonizada na SIC Notícias. Rui Santos fazia o comentário do jogo. O que ouvi nesse momento foram elogios à compleição físico-estética do árbitro Pedro Henriques.
Eu devo andar afastada disto do futebol há mesmo muito tempo. Mas das últimas vezes que prestei atenção não me recordo nada que fizesse parte dos critérios a avaliação dos atributos físicos com outro propósito que não fosse a capacidade física para acompanhar o jogo.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Múúú ou gúgú dádá?

Do site www.swissinfo.org, depois de clicar em “Perfil da Suiça”, na rúbrica “Você sabia?”:
Vacas e escolares
A Suíça consome, anualmente, com uma criança em idade escolar, tanto quanto gastaria em subsídio com três vacas.Esta é, pelo menos, a conclusão a que chegou Silvio Borner, proeminente professor suíço de economia.Borner - que é titular do Departamento de Economia Aplicada da Universidade de Basiléia - calculou que uma simples vaca suíça custa 4.000 francos em subsídios governamentais, enquanto que o valor para se manter uma criança na escola primária é de 12.000 francos suíços.

Como podem ver continuo a desenvolver um especial carinho pelo que é relativo à Suiça. E o apelativo desta situação é que um professor proeminente, para chegar à conclusão que ter filhos sai caro, elaborou um estudo comparando crianças a ...vacas.
Mas atenção porque 4.000 francos é o custo de “uma simples vaca”. Pergunto: e as complicadas, em quanto é que ficam?

Não são só relógios e chocolates


A Suiça, ai a Suiça...

Um rapper suíço com atitude
O primeiro rapper suíço a chegar no topo das paradas de sucesso ocupa as manchetes dos mais respeitados jornais suíço. Razão: suas letras não escondem pesadas críticas contra um ministro de direita.
Bombástico!Por onde começar...”um rapper com atitude”, nunca se viu! As letras criticam o governo? Indignação geral!
Chama-se DJ Stress. Como? A razão que leva um cidadão suiço a chamar-se Stress, ainda que nome artístico, ultrapassa-me!
o DJ Stress acusa o insucesso da integração de estrangeiros e lembra que a insatisfação da juventude poderá ser fontes de muitos problemas no futuro.Pois, também deves fazer prognósticos no fim do jogo!

ns/nr

Papa quer missa mais sóbria: concorda?
Não sei, ele é que bebe...

Fumar mata

A hospital patient's craving for a cigarette killed him - when he accidentally set himself on fire while being treated in hospital for a skin condition.
Mechanic Philip Hoe, 60, nipped onto a fire escape stairwell for a secret smoke minutes after a nurse had applied a moisturiser to most of his body to soothe his dry skin. But the paraffin-based mixture, similar to Vaseline, ignited and Mr Hoe was engulfed in flames outside the dermatology ward at no-smoking Doncaster Royal Infirmary.

Para quem ainda tinha dúvidas fumar mata mesmo!

quarta-feira, 14 de março de 2007

Catch it if you can


No próximo dia 19 irá estrear nos EUA a quarta temporada do programa televisivo “Dancing with the stars” e Heather Mills (ex Mrs. McCartney) é uma das participantes já agendadas. Mills foi vítima de um acidente de viação em 1993 no qual perdeu uma perna e usa desde então uma prótese.
Na sequência desta notícia um site (
www.bodog.com) de apostas resolveu dar início a um novo joguinho. O desafio lançado é: irá ou não saltar a perna de Mills durante o programa.
É de mau gosto, admito, mas Portugal tem o seu “Dança Comigo”, versão portuguesa do mesmo concurso. Estes formatos internacionais caracterizam-se pela adopção de regras uniformes por isso sugiro a Nuno Santos a contratação imediata de José Cid. O repto será prognosticar o que saltará primeiro: o capachinho ou o olho de vidro. Para participar os telespectadores devem enviar um sms para o 6546, seguido da palavra “olho” ou para o 2652, seguido da palavra “capachinho”.

To Okelani

Good things come to those who wait.

terça-feira, 13 de março de 2007

GPS - Global Positioning Sperm


O Público publicou no domingo uma notícia (fonte New York Post) dando conta do facto de O.J.Simpson vir agora incluir-se no rol dos putativos pais da filha de Anna Nicole Smith. Simpson e Smith entraram em “Naked Gun” em 1994 e terão tido nessa altura um romance. O.J. caracterizou ele próprio o seu esperma como sendo “ de movimento lento” o que justificaria a paternidade tardia. A mim parece-me que a lentidão não é o único problema. É que se O.J. é mesmo o pai da pequena Dannielynn o comportamento do espermatozóide que fecundou aquele óvulo é mesmo coisa de macho: andar 13 anos à procura do caminho e nunca perguntar por indicações.

Bob, o construtor, na linha da frente


A BBC publicou ontem uma notícia segundo a qual nos EUA cada vez mais casais optam por quartos separados de modo a garantir a harmonia do casamento. Diz-se ainda que essa será a tendência nos próximos anos.
Naõ só acho a ideia excelente como penso que devemos ousar um pouco mais. Sugiro por isso que se opte por cozinhas separadas (fim do:”não fazes nada e quando fazes sujas e não limpas nada.olha só para esta bancada!”); salas separadas (ele pode ver o futebol, ela a novela) e casas de banho separadas (fim do conflito que sempre originam as tampas da sanita). Assim não só se salva a instituição casamento como se revitaliza o sector da construção e seus associados. Bob, o construtor, agradece.

De volta


Após o transtorno gastro-intestinal, estou de volta. Portugal teve o seu primeiro fim de semana de praia e eu também. Ou quase. O mar da minha praia estava um pouco como o meu estado de espírito: ligeiramente agitado mas entrecortado por um ou outro tímido raio de sol.

quinta-feira, 8 de março de 2007

Diagnóstico

Gastroenterite.

Dia da Mulher é quando o Homem quiser

Agora fico só pelas imagens. Mais logo digo o que penso sobre este dia.

8 de Março de 2057


8 de Março de 2007


terça-feira, 6 de março de 2007

Primeiro pagar depois evacuar

Vem o post de hoje um pouco na sequência do que li num blog amigo. Relata esse post a historiazinha do exército suiço que, por distracção, invadiu o Liechtenstein (cada vez que escrevo Liechtenstein tem de ser “copy” + “paste”...)!!! Seria perigoso se não se tratasse da Suiça e do Liechtenstein. Assim dá vontade de rir. Mais engraçado que isto só mesmo quando a Suiça ganhou a America’s Cup. Para um país sem mar não está mal, não senhor!
Esperem...afinal há mais engraçado do que isto. Como sabem os leitores deste blog (os 3!), tenho fontes seguras na Suiça. E contaram-me esta história.
Há dias houve uma ameaça de bomba no centro comercial Balexert situado na avenida Louis-Casai, em Genebra (reparem no pormenor que isto aqui não é uma chafarica qualquer). Andavam os viandantes contemplando as montras quando ouvem o aviso para evacuar o centro comercial. Até aqui tudo normal não fosse o facto de ao chegar ao parque de estacionamento a relatadora original desta história se ter deparado com os cidadão alinhadinhos em fila nas máquinas para pagar o estacionamento. Será que os suiços não sabem que em caso de evacuação as cancelas dos parques são automaticamente levantadas? Sabem, sabem. Mas não é por causa disso que deixam de pagar!
Moral da história (versão suiça): se tiver que morrer esturricado numa explosão ao menos que não deixe dívidas!

segunda-feira, 5 de março de 2007

Ai se o Sport Billy descobre este modelito


Ainda às voltas com os Oscars e não tendo conseguido tomar uma decisão quanto ao melhor vestido, vamos ao pior. Um deles foi certamente este modelo “Guerra das Estrelas” com bolsos, envergado por Jennifer Hudson. Quando lhe perguntaram o que trazia nos bolsos disse: “My house keys and my car keys, a bottle of Don Perignon and a deodorant by Don Algodon, a set of Tupperware boxes and an entire case of “Água das Pedras” for the after party”.

Dodot no espaço

Uma boa empresa é aquela que está atenta ao que se passa à sua volta. Na sequência do post anterior a curiosidade fez-me ir até dodot.com. Façam click em “levas-me a dar uma volta” e vejam como uma astronauta de coração partido gera uma campanha publicitária.

Dodot for bikers


No passado dia 5 de Fevereiro uma astronauta americana da NASA e igualmente membro da Marinha, Lisa Nowak, foi presa sob a acusação, entre outos crimes, de tentativa de sequestro. O alvo seria uma mulher supostamente sua rival na luta pelo afecto de um certo cavalheiro, também ele astronauta. Para caçar a sua presa, Nowak fez uma viagem de 1400 km entre Houston e Orlando. O curioso é que essa viagem foi feita envergando uma fralda tendo depois justificado tal com o facto de dessa forma não ser necessário parar para urinar. Pois eu acho uma excelente ideia a ser adoptada no próximo Tour de France para não termos de ver as figuras que fazem estes senhores aqui ao lado.

quinta-feira, 1 de março de 2007

i'll just have a beer


Como sabem, estive a fazer reportagem na festa da Vanity Fair que se seguiu à entrega dos Academy Awards. Enquanto por lá andava encontrei Marc Anthony a quem perguntei como planeava acabar a noite. Disse-me: “with a JD* on my right hand, a JW** on my left hand, and a J Lo on my...”

…desculpem, mas tenho ali um refogadinho que ‘tá a começar a pegar!


*Jack Daniels

**Johnny Walker