
É incontornável passar o dia de hoje sem falar sobre o 25 de Abril de 1974.
Por ter nascido em 1973 não tenho experiência pessoal dos tempos que antecederam essa data.
A cada ano que passa e que reflicto sobre essa época são sempre as mesmas questões que me assolam o espírito: a liberdade e o ensino do 25 de Abril nas escolas. Por agora vou limitar-me à segunda.
Entrei para a escola primária em 1979. Para o que na altura se chamava liceu em 1983. Acabei o 12° ano em 1991. Tive 8 anos consecutivos a disciplina de história (do agora 5° ano ao 12°), sem contar com a primária. NUNCA, em qualquer um desses anos, me foi ensinado o que foi o 25 de Abril.
Não sei a quantas pessoas terá acontecido o mesmo mas palpita-me que a muitas. Quando há dias li que o Ministério da Educação assinou um protocolo que visa mudar a forma como a Revolução dos Cravos é ensinada nas escolas a minha apreensão com esta questão não diminuiu. Mudar a forma? Eu já me teria dado por satisfeita se pura e simplesmente me tivessem falado dela.
Nunca houve livros na minha casa nem jornais. Os meus pais eram politicamente desinteressados e não tive na família um tio ou avô perseguido pela PIDE. Na minha aldeia não há nem nunca houve uma biblioteca. A mais próxima fica a 8 km e só a pude frequentar a partir dos 15 anos quando fui para uma escola nas suas redondezas. Por todas estas razões eu podia apenas contar com a escola para me transmitir conhecimentos.
Tive alguns professores de história fabulosos mas incapazes de lidar com programas cuja extensão nunca lhes permitia sequer chegar a meio. É mais fácil abrir a boca de espanto quando hoje à noite se vir no Telejornal a habitual sondagem de rua aos adolescentes que não sabem o que foi a Revolução, do que apontar o dedo à escola e aos sucessivos governos que se preocupam com todos os papéis que a escola deve desempenhar mas se esquecem do básico: dar conhecimento dos factos.
Eu tinha contudo uma desculpa que não me parece que os jovens de hoje tenham. Eu não tinha como aceder à informação. Não tinha sequer computador nem imaginava que chegaria o dia em que uma coisa chamada Internet pudesse vir a existir. Por isso assumo aqui que era já bem crescidinha quando percebi o que tinha sido o 25 de Abril e como era o meu país antes desse dia.
Como se isto não bastasse também nunca me ensinaram na escola o que foi a instauração da República, a 1ª ou a 2ª Guerra Mundial. Por aquilo que a escola me ensinou a história de Portugal acabou com o ultimato inglês de 1890!
Por ter nascido em 1973 não tenho experiência pessoal dos tempos que antecederam essa data.
A cada ano que passa e que reflicto sobre essa época são sempre as mesmas questões que me assolam o espírito: a liberdade e o ensino do 25 de Abril nas escolas. Por agora vou limitar-me à segunda.
Entrei para a escola primária em 1979. Para o que na altura se chamava liceu em 1983. Acabei o 12° ano em 1991. Tive 8 anos consecutivos a disciplina de história (do agora 5° ano ao 12°), sem contar com a primária. NUNCA, em qualquer um desses anos, me foi ensinado o que foi o 25 de Abril.
Não sei a quantas pessoas terá acontecido o mesmo mas palpita-me que a muitas. Quando há dias li que o Ministério da Educação assinou um protocolo que visa mudar a forma como a Revolução dos Cravos é ensinada nas escolas a minha apreensão com esta questão não diminuiu. Mudar a forma? Eu já me teria dado por satisfeita se pura e simplesmente me tivessem falado dela.
Nunca houve livros na minha casa nem jornais. Os meus pais eram politicamente desinteressados e não tive na família um tio ou avô perseguido pela PIDE. Na minha aldeia não há nem nunca houve uma biblioteca. A mais próxima fica a 8 km e só a pude frequentar a partir dos 15 anos quando fui para uma escola nas suas redondezas. Por todas estas razões eu podia apenas contar com a escola para me transmitir conhecimentos.
Tive alguns professores de história fabulosos mas incapazes de lidar com programas cuja extensão nunca lhes permitia sequer chegar a meio. É mais fácil abrir a boca de espanto quando hoje à noite se vir no Telejornal a habitual sondagem de rua aos adolescentes que não sabem o que foi a Revolução, do que apontar o dedo à escola e aos sucessivos governos que se preocupam com todos os papéis que a escola deve desempenhar mas se esquecem do básico: dar conhecimento dos factos.
Eu tinha contudo uma desculpa que não me parece que os jovens de hoje tenham. Eu não tinha como aceder à informação. Não tinha sequer computador nem imaginava que chegaria o dia em que uma coisa chamada Internet pudesse vir a existir. Por isso assumo aqui que era já bem crescidinha quando percebi o que tinha sido o 25 de Abril e como era o meu país antes desse dia.
Como se isto não bastasse também nunca me ensinaram na escola o que foi a instauração da República, a 1ª ou a 2ª Guerra Mundial. Por aquilo que a escola me ensinou a história de Portugal acabou com o ultimato inglês de 1890!